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Em 2022, o câncer ainda é uma das doenças que mais matam em todo mundo. Um estudo da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) certificou essa informação ao apresentar uma estimativa de incidência e mortalidade por câncer em todo mundo e entregou algumas projeções para 2040.
Intitulada GLOBOCAN, a análise recolhe os dados epidemiológicos dos países e publica as atualizações, enfatizando a distribuição epidemiológica da doença e a relação desses dados com o contexto socioeconômico da região e as estratégias de diagnóstico precoce e prevenção. Nessa iniciativa, 185 países estão envolvidos com o registro de 36 diferentes tipos de câncer.
Os dados desse estudo são alarmantes, pois conforme publicado, somente em 2040 é estimado 28,4 milhões de casos, um aumento de 47% comparando a 2020. E meio a tantas estatísticas, a informação de que um acometimento de câncer pode ser facilmente tratado e capaz até de ser curado, caso identificado precocemente, pode ser alento para famílias de pessoas que sofrem dessa doença. Em vista desse cuidado de orientar e cuidar, nasceu o Dia Mundial do Câncer, comemorado em 04 de fevereiro.
“O Dia Mundial do Câncer é uma data especial para toda comunidade médica. Hoje, o tratamento para pacientes acometidos por esta anomalia evoluiu muito e chegamos num estágio de muito sucesso com os procedimentos. Ainda assim, muitos casos de câncer são descobertos já em estágios avançados demais, o que dificulta o cuidado necessário e diminui as chances de combate à doença. Por isso, retirar uma data para um alerta geral sobre o câncer é tão essencial”, pontua Dr. Alexandre Ribas, médico oncologista e coordenador do Instituto de Oncologia do Hospital Felício Rocho.
Dr. Alexandre ainda lembra que a data não é somente para um trabalho de conscientização, mas também para relatar histórias de pessoas que venceram a doença: “Vencer o câncer é possível! Completamente possível! Para uma pessoa que acabou de receber o diagnóstico, escutar uma história de superação pode ser imensamente motivador. Por isso, usamos também o Dia Mundial do Câncer para reforçar que por mais que a doença seja terrível, ela pode ser superada”.
Num âmbito um pouco mais regional, compreendendo apenas o Brasil, deverão ser cerca de 625 mil casos novos de câncer para cada ano do triênio 2020-2022, é o que estima o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esse balanço ainda indica que o câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil).
São muitos os tipos de câncer e para cada um deles há um tipo de tratamento individual que varia desde procedimentos cirúrgicos a tratamentos por infusão medicamentosa. Ainda assim, o oncologista do Hospital Felício Rocho orienta que recomendações para evitar adoecer são as mesmas.
“A obesidade, o sedentarismo, uma má alimentação, tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação rica em industrializados e por aí vai. Esses maus hábitos crescentes no cotidiano dos brasileiros podem contribuir para o desencadeamento de um tumor. Para evitar um câncer, o melhor mesmo é levar uma vida saudável, ativa e sempre atento às consultas periódicas ao médico. Afinal, essa dinâmica preventiva é o melhor remédio, uma vez que quando descoberto em estágio inicial, repito, o câncer é mais fácil de tratar”, completa.
Mas o que é o câncer?
“O câncer inicia a partir de uma transformação de células normais em células tumorais. Esse processo ocorre em vários estágios que geralmente progridem de uma lesão pré-cancerosa para tumores malignos. Esses tumores passam a desencadear disfunções do sistema no qual ocorreu a alteração celular. Em seguida, essa disfunção pode impedir o bom funcionamento de outros sistemas, o que deixa o corpo todo em situação de desequilíbrio. Alguns dos tipos mais comuns de câncer são de mama, colo do útero, pulmão e colorretal”, explica o médico do Felício Rocho.
Do diagnóstico à cura
Conforme orientou o oncologista, o ideal é que o câncer seja identificado precocemente para mais chances de tratamento, mas caso não ocorra, ainda é possível criar um planejamento de cuidados para ofertar ao paciente uma melhor qualidade de vida. “O diagnóstico correto do câncer é essencial para um tratamento adequado e eficaz, porque cada tipo da doença precisa de um tratamento específico, o qual pode abarcar uma ou mais modalidades como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia”, esclarece Dr. Alexandre Ribas.
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