LITERATURA
O livro intitulado Eu Apócrifo, do escritor brasileiro Allan Vitor de Andrade será publicado pela Editora portuguesa Ases da Literatura e será lançado ainda este ano de 2021 no Brasil e na Europa, começando por Portugal
Religiosos, Ateus e Apócrifos
Parece que o cenário brasileiro anda bastante conturbado não apenas quando o assunto é política. A livre manifestação do pensamento tem levado o caos às redes sociais e alimentado discussões que outrora conduziriam seus autores à santa fogueira. Ossos de crianças descobertos em igrejas do Canadá, um flash do despertar da Idade Média e a dúvida sobre os representantes de Deus na terra têm mantido a fogueira dessa discussão acesa.
O Brasil acompanhou a repercussão causada pelos especiais de Natal produzidos pela produtora Portas dos Fundos, que nos últimos anos apresentou versões cômicas bastante polêmicas sobre algumas das passagens bíblicas mais importantes para o cristianismo. Um Jesus gay, rendido à tentação no Monte das Oliveiras, e uma Madalena, sexualmente depravada à moda do slogan criado pela própria Igreja, são destituídos de santidade ao apresentarem aspectos humanos ainda discriminados no século XXI. O Renascimento está na moda no país do futebol?
A história gira em torno de Leonardo, um fotógrafo que estuda a Divina Proporção (ou Sequência de Phibonacci), quando se depara com a repetição dos padrões da referida Sequência no cálculo de consagradas pinturas e na combinação de textos de natureza religiosa. Motivado a descobrir o que se esconde por trás dessa recorrência de padrão, Leonardo desvenda alguns mistérios que há séculos mexem com a imaginação das pessoas.
As personagens cumprem sua jornada entre histórias que ligam Brasil, França e Portugal, onde uma parte importante da história lusitana é trazida à vida no breu dos segredos templários e códigos maçônicos, com o status de um dos mais influentes Reinos para a história. De acordo com o autor, o ex-presidente francês François Mitterrand, responsável pela construção das Pirâmides do Louvre, foi o escolhido para cumprir com uma importante profecia contida em um livro do Novo Testamento e isso pode ser constatado pelo que, se apresenta, de forma irrefutável, como inversão do conceito da Divina Proporção.
O autor brasileiro não quis falar detalhes, mas quando questionado sobre a quantidade de trabalhos voltados para a revisão da história do cristianismo na atualidade, ele foi sucinto: “O Deus cristão é uma grande metáfora estendida no céu, que conforta, guia e supre as carências humanas (de quem as tem). Para aqueles que não as possuem, ele volta a ser apenas uma singela metáfora... E não deixa de ser belo por isso. Os cristãos, por sua vez, ainda usam o fogo para honrar o Deus aos quais servem, e isso já não tem ligação direta com as igrejas, mas sim ao que eles aprendem com elas.”
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