UM JARDIM CHEIO DE MEMÓRIAS
Projeto JB em Folhas e Histórias resgata histórias do Jardim Botânico em lives com moradores e comerciantes do bairro
JB em Folhas e Histórias é o novo projeto do jornal JB em Folhas e tem como objetivo registrar as lembranças dos moradores do Jardim Botânico em uma série de lives, que serão transformadas em programas de 20 minutos. Ao todo, serão três lives, que acontecerão nos dias 25/2, 4/3 e 11/3, sempre às 19h e exibição no canal YouTube/JBemFolhas
A primeira live contará com as participações da museóloga Ana Cristina Vieira, da diretora do Tablado Cacá Mourthé e do ex-diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Guido Gelli. A editora do JB em Folhas, Chris Martins, fará a mediação, recebendo, a cada live, três convidados, que falarão de suas lembranças de uma área do bairro. A ideia é criar um acervo histórico do Jardim Botânico.
– Ao longo do tempo, o bairro vem passando por pequenas e grandes modificações, tanto no tipo de comércio como nos hábitos dos moradores e até no perfil dos trabalhadores que circulam por aqui. Precisamos preservar essa memória, por isso a ideia do programa – explica Chris, que assina a curadoria do projeto com a jornalista Betina Dowsley.
Live #1 – 25 de fevereiro, 19h – YouTube - https://www.youtube.com/c/
Na primeira live do JB em Folhas e Histórias, o foco será a região compreendida entre o Parque Lage e o JBRJ, onde os três convidados vivem. Ana Cristina nasceu e morou, boa parte da vida, no entorno da praça Pio XI, além de ter trabalhado no Parque Nacional da Tijuca e no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico. Atualmente aposentada, ela está preparando um livro com um inventário cultural do bairro, reunindo dados sobre esculturas e marcos arquitetônicos. Dos três, é a mais antiga no bairro e tem recordações do tempo em que o Bar Joia era um “secos e molhados”, armazém que vendia vinhos portugueses e bacalhau. “Gabriella Besanzoni, cantora de ópera que vivia no casarão do Parque Lage, era cliente assídua de lá”, recorda ela. Seu acervo inclui fotos da casa onde morou o cartunista J. Carlos – que dá nome à rua – e do Solar Monjope, que ficava em frente ao Parque Lage: “Foi um crime terem derrubado o solar”, comenta.
Já Cacá Mourthé – atriz, autora e diretora do teatro O Tablado – contabiliza 40 anos como moradora do bairro. Ela lembra, com saudosismo, o tempo em que a Feira da Providência acontecia na Borges de Medeiros.
Mais novo no bairro, Guido Gelli morou em várias ruas do JB até fixar residência na Oliveira Rocha, onde está há 25 anos. O engenheiro, que ajudou a fundar o Partido Verde, lembra o QG que foi montado no Joia e em uma loja próxima, para o Abraço à Lagoa, na campanha de Fernando Gabeira ao governo do Estado, em 1986. Ele guarda boas recordações também da efervescência cultural que acompanhou no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde trabalhou como diretor de Ambiente e Tecnologia por oito anos, ao longo da administração de Liszt Vieira.
Sobre o JB em Folhas
Com 17 anos de existência, o JB em Folhas, que tinha circulação bimestral e tiragem de 5 mil exemplares antes da pandemia, ganhou exclusivo formato digital, com atualizações semanais no site jbemfolhas.com.br e nos seus perfis no Facebook (@
“A passagem do impresso para o digital impôs uma rotina mais intensa de apuração e produção de conteúdo. Com atualização semanal, as colunas Serviços e Caras do JB costumam ser as mais lidas, a primeira por seu caráter prático e a segunda pelas histórias contadas, que acabaram inspirando o novo projeto”, explica Betina Dowsley, uma das fundadoras do JBF.
O conteúdo – com notícias e serviços – continua o mesmo, sempre focando em novidades, problemas e dicas da região que inclui os bairros de Jardim Botânico, Horto, Gávea, Humaitá e parte da Lagoa. As jornalistas Chris Martins e Betina Dowsley estão sempre atentas a tudo o que acontece na área, mas também contam com contribuições de moradores que seguem o JBF desde o início. Só a mala direta do jornal conta com mais de 3 mil nomes.
Ao longo do tempo, o JB em Folhas apoiou causas, eventos e mutirões, sempre com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos moradores e unir a vizinhança. Foi assim que promoveu o mutirão para fazer o mosaico da escadaria da Praça Pio XI, em 2007, além dos eventos culturais, como o Amigos na Praça – com o tradicional troca-troca de livros – e o Bloco da Pracinha, bloco carnavalesco totalmente voltado para o público infantil, que há 15 anos concentra, mas não sai, na Pio XI.
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