Artistas independentes planejam a carreira em 2021
Alex Fava, Gna e Julia Smith contam sobre os planos para o ano durante pandemia e deixam claro a força do digital na divulgação de seus trabalhos
(Divulgação)
O ano de 2020 mudou completamente o cenário musical, afetando direta e indiretamente os planos de diversos artistas. Com a pandemia o consumo de música precisou mudar do ao vivo, cancelando diversos shows nacionais e internacionais, para o online. Foram meses de shows-lives e os artistas que souberam aproveitar fizeram do limão, uma limonada.
Com as apresentações canceladas, alguns ainda conseguiram se apresentar de forma drive-in, respeitando as normas de segurança e dentro de carros, mas foi pouco o tempo que os shows neste formato estiveram em evidência e logo foram totalmente erradicados.
Mesmo assim, os artistas da cena independente sobreviveram, graças às estratégias do digital. O planejamento do lançamento musical nas playlists e plataformas de streaming, que mesmo em um momento em que todos estão dentro de suas casas, ainda funciona e perfeitamente para o mercado de quem está em desenvolvimento. “Nossa previsão era de que seria um ano de ascensão, era o que estava para acontecer, com shows! Mas não aconteceu, uma pena. Em compensação, no digital tivemos um grande avanço. No YouTube crescemos muito bem, os nossos clipes, mesmo gravados em casa, ou com equipe reduzida, foram muito bem aceitos” explica Julia Smith, cantora pop e independente.
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Já Alex Fava, que migrou do sertanejo para o pop, diz também ter sentido isso de perto. Recentemente o cantor lançou a trilogia Essência, ao falar das fases de um relacionamento, desde o momento em que o casal se conhece, até o término do namoro e o momento de autoconhecimento de ambas as partes sozinhas. Com clipes gravados durante a pandemia, e um deles no Beco do Batman, na Vila Madalena, ele diz ter sido um momento histórico: “foi estranho estar ali, em um local em que sempre está cheio de gente e... ninguém!”. Segundo a Connectmix, sistema de mapeamento e ranking de músicas, as três músicas da trilogia ficaram entre as 25 mais tocadas na plataforma Spotify no primeiro mês de lançamento.
Gna, natural de Dracena, SP, é roqueiro, que mistura pop, blues e um pouco de música romântica. Também apostou, e alto, nas plataformas digitais durante este período conturbado. “Foi um tempo em que pensei: Já tinha algumas músicas rodando no streaming, não poderia deixar parada. Então foi a hora de reinventar. Não posso ficar parado! Música é a minha paixão!” e foi assim que as coisas andaram. Sem shows para fazer, o cantor foi abrindo e se mostrando pela internet. Por meio de letras mais engraçadas, um visual que muitos apontam parecido com o do Dinho Ouro Preto, e videoclipes diferentes, o cantor decidiu que era hora de fixar sua imagem para na volta dos shows, seguir com a carreira cada vez mais consolidada.
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Para este ano, ainda não existe uma grande esperança sobre a volta dos shows e apresentações, portanto continuar apostando no digital com toda a força é um dos principais pontos do planejamento do artista. Julia Smith, por exemplo, apresentou no final de janeiro a canção “Calma e Paz”, uma proposta romântica, de composição e produção própria e independente. Sua ideia é continuar fortalecendo a imagem nas mídias e plataformas streaming, para quando liberarem os palcos, voltar com mais força do que nunca.
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