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23 outubro, 2024

Mês da Conscientização Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita

 Mês da Conscientização Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita



A Sífilis parece uma doença distante para a maioria de nós, mas ela é transmitida pelo sexo e ainda é muito presente nos dias atuais. Suas consequências podem ser graves, se ela não for tratada, além de também ser transmitida da gestante para o bebê.


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No Dia Nacional de Combate à Sífilis, é importante nos conscientizarmos sobre essa doença infecciosa que pode causar sérios problemas à saúde, levando inclusive à morte.  É uma doença traiçoeira, pois ela pode estar presente mesmo sem sintomas (sífilis latente) e mesmo assim ser transmitida. Também traiçoeira, por seus sintomas da primeira e da segunda fase regredirem espontaneamente, mesmo sem tratamento, não deixando cicatrizes das feridas ou sequelas, fazendo com que muitas vezes a doença só seja percebida na terceira fase, de 3 a 12 anos após o contágio, quando em geral ocorrem os sintomas e os quadros graves.


Sintomas da primeira e segunda fase


Segundo a Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a sífilis primária consiste principalmente em uma única úlcera genital indolor, com bordas endurecidas e fundo limpo, conhecida por cancro duro. Já a sífilis secundária aparece entre seis e oito semanas após o cancro duro, podendo incluir lesões na pele e mucosas, muitas vezes em grande quantidade, podendo ser acompanhadas por febre, mal-estar, dor de cabeça e fraqueza muscular. A qualquer destes sintomas, um serviço médico deve ser procurado sem demora.


Fazer o pré-natal é fundamental!


A sífilis congênita ocorre quando a infecção é transmitida da gestante para o bebê durante a gestação, resultando em abortamento, parto prematuro, e óbito perinatal (óbito de 4 em 10 casos, no período que se inicia com 22 semanas completas de gestação e termina aos sete dias completos de vida) e, ainda, manifestações congênitas precoces ou tardias no bebê, como: pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez e deficiência mental, conforme ressalta a Febrasgo.  O exame de sangue para detecção da sífilis é sempre solicitado quando a mulher planeja engravidar ou logo que a gravidez é descoberta.


Usar preservativo é fundamental!


A sífilis deve ser tratada com antibióticos, mas é essencial que todos os parceiros da pessoa infectada sejam tratados para evitar reinfecção. A conscientização e a educação sobre saúde sexual são chave para a redução da incidência da doença. A prevenção é fundamental: o uso de preservativo protege contra a sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).


Por fim, as consultas médicas anuais são essenciais para a verificação da saúde da mulher e para a solicitação de exames que detectem as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a sífilis.


Dra. Elis Nogueira

Ginecologista e Obstetra

CRM 98344

RQE 57.179


* Sobre a Dra. Elis Nogueira


Dra. Elis Nogueira é Ginecologista e Obstetra. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Possui ainda título em Advanced Life Support in Obstetrics. É membro de entidades médicas reconhecidas como SOGESP e FEBRASGO. Faz parte do corpo clínico dos Hospitais e Maternidades: Maternidade São Luiz Star, Vila Nova Star, Pro Matre, Santa Joana, Albert Einstein, Sírio Libanês, e Santa Catarina.

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