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08 maio, 2024

O estresse como aliado

                                  



SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA


                                    O ESTRESSE COMO ALIADO

Jamais devemos esquecer que nosso corpo e nossa mente são indivisíveis, ou seja, o que fazemos com um afeta o outro. Se cuidamos do corpo, cuidaremos também da mente e vice-versa. Tal pensar nos eleva a muitas reflexões, mas nesta conversa psicanalítica, vamos nos ater a importância dos pequenos estresses. Parece estranho colocar o estresse no pódio, mas sim, ele é importante em muitos momentos. Então vamos lá!

O eixo hipotálamo-pituitária-adrenal funciona como regulador do estresse, também é responsável por regular as emoções e o humor. É o lugar de origem de certos hormônios como o cortisol e a adrenalina. E veja que interessante: “os pesquisadores que estudam essa região do cérebro descobriram que a exposição a estressores leves do dia a dia, no início da vida, aumenta a capacidade futura de regular emoções e confere resiliência para o resto da vida” (BRACKETT, 2021, p. 48).

Outra pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford chegou a um consenso que as pessoas que vivenciam curtas crises de estresse têm um reforço na imunidade, além de ter um aumento no nível de moléculas que combatem o câncer.

Muitas vezes quando o estresse aparece tendemos a ter vontade de chorar. Quando choramos percebemos que sentimos um certo alívio, um determinado conforto. Isso acontece porque o choro carrega os hormônios do estresse para fora do corpo. Entendemos assim que o choro nos auxilia no combate ao estresse um pouco mais intenso.

Um elemento importante que nos ajuda no desafio de vencer o estresse é o sentimento de gratidão. Um estudo descobriu que a gratidão aumenta os níveis de oxigênio nos tecidos, acelera o processo de cura e fortalece o sistema imunológico. Também o riso, que pode ser espontâneo ou provocado aumenta o fluxo de betaendorfina, que melhoram o humor, e estimula os hormônios do crescimento.

Acresce que, mesmo diante de situações de estresse intenso, as pessoas que cultivam emoções positivas como amor, gratidão, esperança e assim por diante, se mostram menos propensas a desenvolverem sintomas depressivos.

E olha que interessante: o simples fato de saber que terá que fazer um discurso, certamente gera um pouco de estresse, mas o leve, o positivo e, este é tão efetivo que dobra a gravidade dos sintomas de alegria por dois dias.

Então tudo isso nos mostra que as emoções estimulam a liberação de neuroquímicos e hormônios benéficos que nos auxiliam a ter uma vida mais leve. E é isso é tudo o que desejamos!

Um fortíssimo abraço para você!

 

Referência:

BRACKETT, Marc. Permissão para sentir. Trad. Lívia de Almeida. Rio de Janeiro: Sextante, 2021.


Instagram: baunilha45

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