Crioterapia: entenda o método que fortalece a autoestima de pacientes durante o tratamento oncológico
Procedimento contribui para minimizar a queda capilar de pacientes com câncer em até 70%
A queda dos cabelos é um efeito colateral comum da quimioterapia, e também um dos mais indesejados, principalmente para mulheres. Afinal, os fios são uma expressão da feminilidade, representam a sua identidade e estão intimamente ligados à vaidade e ao bem-estar. Para elas, que já foram impactadas pelo diagnóstico do câncer, o período de queda é mais um momento que pode assustar, gerando sofrimento e perda de autoestima. Mas, um procedimento permite mudar esse cenário e possibilitar que mulheres vivam essa experiência da melhor forma possível: a crioterapia.
O método contribui para evitar ou diminuir a queda capilar em até 70%, minimizando os impactos causados aos pacientes durante o tratamento de quimioterapia. Isso acontece devido ao resfriamento, feito a partir do uso da Touca Inglesa Paxman, que diminui o fluxo sanguíneo nos folículos capilares e leva à redução da absorção dos fármacos na região.
A alternativa, além de minimizar as chances de queda de cabelo, ainda facilita o crescimento dos fios após o período de perda, como comenta o oncologista e responsável técnico da Oncoclínicas Uberlândia, que oferece o procedimento de crioterapia, Dr. Glauco Silveira. “A perda de cabelo costuma ser desafiadora, mas a crioterapia já demonstrou contribuir efetivamente para aliviar esse momento árduo. Pesquisas realizadas com mulheres com câncer de mama em estágio inicial, mostram que ao menos metade desse grupo que utilizou o método durante a quimioterapia perdeu uma quantidade inferior a 50% dos fios. Além disso, em um comparativo entre as mulheres que optaram por usar a touca e outras que não fizeram a crioterapia, aquelas que realizaram o procedimento demonstraram uma recuperação mais ágil do volume de cabelo perdido”, explicou o especialista que ainda destacou fatores que vão influenciar no resultado do processo. “O tipo de fármaco utilizado, a dosagem e a tolerância do paciente ao frio são questões que impactam no resultado da crioterapia”, esclarece o Dr. Glauco.
Como é feita a crioterapia?
O método consiste no resfriamento do couro cabeludo que resultará na redução do fluxo sanguíneo devido a contração dos vasos na região. Com isso, o efeito da quimioterapia nas células dos folículos capilares é reduzido devido a diminuição da quantidade de medicamentos que alcança esses pontos.
Na prática, o procedimento é feito da seguinte forma: trinta minutos antes da sessão de quimioterapia é vestida uma touca hipotérmica no paciente, que chega a uma temperatura entre 18ºC e 22ºC.
A touca deverá ser utilizada por cerca de uma hora e meia após o término da infusão dos fármacos, dependendo do protocolo adotado. Para garantir que esse processo seja realizado de maneira adequada, é preciso que a touca esteja bem ajustada, ficando em contato com o couro cabeludo.
Benefícios da crioterapia no tratamento oncológico
Os benefícios com a realização da crioterapia vão muito além da estética, sendo uma contribuição para que a mulher lide melhor com a doença. “Mais do que um cuidado com a estética, preservar os fios de cabelo com a crioterapia pode trazer de volta a qualidade de vida do paciente, preservando a autoestima em um momento vulnerável. E isso será muito benéfico, pois é preciso cuidar do emocional para a mulher enfrentar o câncer da melhor maneira”, destaca Dr. Glauco.
Afinal, com menores chances de afetar a autoestima, também são menores os riscos do desenvolvimento de ansiedade e consequentemente o desenvolvimento de quadros de depressão.
Quando a crioterapia é indicada?
O procedimento será um aliado para ampliar o cuidado com o emocional do paciente, podendo ser considerado sempre que houver a necessidade de ampliar essa atenção ou havendo o desejo do paciente em preservar o cabelo, entretanto, há contraindicações. Para pessoas com câncer hematológico, como o linfoma e a leucemia e aqueles pacientes que tenham algum tipo de alergia no couro cabeludo, a crioterapia não é indicada.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 143 unidades em 38 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.
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