Mulheres que vêem mudando o cenário das artes plásticas de BH
Laura Barbi - Studio Tertulia
Ao longo da história, as mulheres foram sub-representadas ou subestimadas nos círculos das artes visuais, principalmente nas posições curatoriais. Isso tem mudado, e a presença de mulheres na curadoria de arte e idealização de projetos tem sido um ponto de transformação e renovação.
Mulheres curadoras estão emergindo em todos os níveis da cena artística, desde galerias locais até museus de renome internacional, trazendo novas perspectivas, sensibilidades e abordagens para a apresentação e interpretação de obras de arte.
A presença feminina é importante não apenas pela representatividade, mas também pela diversidade de vozes e experiências que trazem para o campo. Elas frequentemente abordam questões como gênero, raça, classe e identidade cultural em suas exposições e projetos, proporcionando uma plataforma para artistas que historicamente foram marginalizados ou ignorados pela cena artística dominante.
Conheçam alguns dos nomes agitando a cena de Belo Horizonte:
Laura Barbi é curadora, produtora executiva, arquiteta e designer gráfica. Pesquisadora em arte contemporânea, identidade cultural, diplomacia cultural e mercado das artes. Laura curou e produziu exposições e eventos culturais no Reino Unido e no Brasil. Entre 2008 e 2015, trabalhou como gerente de projetos/produtora executiva na Embaixada do Brasil em Londres. Possui mestrado em design gráfico (University of Arts London) e é doutoranda em artes visuais (EAU-UFMG). É cofundadora da CULCO - Cultural Constellation, uma rede global que reúne 32 trabalhadores da cultura presente em 15 países. Laura é editora de artes visuais do Jornal Letras. Em outubro de 2017, fundou a GAL Arte e Pesquisa, projeto de arte contemporânea que visa proporcionar novos contextos de fruição, participação, criação, crítica e consumo de arte, ocupando espaços vazios dentro das cidades com exposições temporárias e acontecimentos gratuitos.
Juliana Flores começou no jornalismo, mas logo empreendeu na cultura. Fundou a editora Aletria com sua mãe e sócia Rosana Mont’Alverne (2009), trabalhando como coordenadora editorial e gestora de projetos literários. Ao lado de Janaína Macruz e Priscila Amoni, criou o CURA – Circuito Urbano de Arte, onde junto à elas, também é curadora. Está a frente da Pública, agência que nasceu para realizar projetos e festivais de arte pública, como o MAMU – Morro Arte Mural, projeto que transforma casas de favelas em macromurais. “Transformar o espaço público com arte é bonito demais e conceber obras pensadas a partir do território é meu desafio preferido”diz.
Andrea De Bernardi é arte educadora pela Escola Guignard/UEMG, mestre em Educação pela FaE UFMG e doutora em Design pela Escola de Design/UEMG. Possui experiência nas áreas de ensino de arte, gestão cultural, design social, empreendedorismo criativo, educação patrimonial e mediação cultural. Professora efetiva da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais/UEMG ministrando as disciplinas Laboratório Artista-Professor - LABAP e Didática do Ensino da Arte. Pesquisadora vinculada ao Centro Integrado de Design Social (CIDS/UEMG), por meio do qual realiza projetos de pesquisa e extensão sobre temas relacionados à arte e design socialmente engajados, design antropologia, mapeamento profundo, envelhecimento feminino e economia criativa. É idealizadora da FLAC - Feira Livre de Arte Contemporânea, que desde 2017 coloca o público em contato direto com os artistas visuais e suas obras, rompendo com o senso comum de que a arte contemporânea é inalcançável, seja pelo preço, seja pelo acesso simbólico.
Flaviana Lasan é licenciada em artes visuais - UEMG e pós-graduada em Ensino de História e América Latina - UNILA. Investiga a história da arte produzida por mulheres e metodologias do ensino de arte nos movimentos sociais, atravessados pelo mercado de arte. Trabalhou em diversas iniciativas independentes com curadoria e produção; em aparelhos artísticos públicos e privados na condição de produtora e educadora pelo Brasil por mais de uma década. Foi curadora do Movimento Arte na Maternidade(2020) - MAM e Cura - Circuito Urbano de Arte. Esteve curadora residente na SILO - Arte e Latitude Rural e organizadora de publicações no Ateliê de Artes Integradas/Itabirito e Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto/IA. Atualmente atua na produção artística e curadoria do Festival Audiovisual de Cultura - FAC; na organização do JUNTA; participa da concepção artística do Festival de Arte e Cultura da Agroecologia - FACA/CBA e também como curadora convidada de exposições no Sesc Palladium e Fundação Clóvis Salgado.
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