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16 agosto, 2023

Aeroporto de Nova Iguaçu como vetor de desenvolvimento econômico da Baixada Fluminense

 

Foto - divulgação.

Os números do último senso realizado pelo IBGE, em 2022, mostram não só a discrepância entre a renda per capita entre os municípios dotados de aeroportos regionais, como também em seu IDH (índice de desenvolvimento econômico), o que demonstra a importância do modal aeroviário para o desenvolvimento econômico de uma cidade e da crescente necessidade de interligar regiões de norte a sul do país, fomentado pelo crescimento do mercado global, que cada vez mais prescinde de um meio de transporte rápido, capaz de atender a um consumidor ávido por entregas dinâmicas e urgentes.

Atentas a esse cenário, cidades como Maricá e Cabo Frio investiram em seus aeroportos regionais para atraírem investimentos e com isso aumentarem sua participação no pequeno e seleto grupo de cidades com alta capacidade logística e industrial, por entenderem que sem um dinâmico e eficiente modal logístico não conseguiriam escoar parte da produção industrial, como também servirem de base logística de grandes operadoras de comércio eletrônico, sem contar com a operação de voos domésticos.

Os exemplos citados acima nos permite entender melhor a questão da necessidade da criação do Aeroporto de Nova Iguaçu, cuja pista é do tamanho do Aeroporto Santos Dumont, totalmente asfaltada e sem a demanda por expressivos investimentos, considerando a existência de uma pista pronta e acabada, o que resultaria em poucas intervenções em sua finalização. Além disso, o Aeroporto de Nova Iguaçu, possui grande atrativo logístico, por estar localizado às margens da Rod. Pres. Dutra; Arco Metropolitano e o Porto de Itaguaí, servindo, portanto, de grande vetor de desenvolvimento para a região da Baixada Fluminense, região com mais de 3,5 milhões de habitantes, que demanda por investimentos em diversas áreas, cujo reflexo se deu através dos números apresentados pelo IBGE, tendo Nova Iguaçu um PIB per capita de apenas R$ 20.895,09, enquanto o de Cabo Frio ficou em R$ 40.530,43 e Maricá em R$.216.519,52.

Sem contar que Nova Iguaçu, apesar de contar com grandes indústrias e o maior laboratório da América Latina, CEPEL da Eletrobrás, poderia não só suprir toda essa demanda industrial, como também suprir as demandas de outros municípios vizinhos como Queimados; Belford Roxo; Mesquita; Nilópolis; Japeri; Seropédica e Itaguaí, os quais poderiam utilizar o Aeroporto de Nova Iguaçu como mais um hub logístico e consequente meio alternativo de escoamento de sua produção industrial.

Ao servir como hub logístico para os municípios da Baixada Fluminense, o Aeroporto de Nova Iguaçu, acabaria não só fomentando o desenvolvimento econômico e social da Baixada Fluminense, atraindo empresas e investimentos, como também reduziria a desigualdade social existente entre a região e a cidade do Rio de Janeiro. Isso por que, com o atrativo de investimentos erigido com o Aeroporto de cargas, criariam-se empregos diretos e indiretos os quais consequentemente demandariam por mais serviços e aumento de vendas no comércio local, deflagrando numa maior arrecadação tributária.

Numa verdadeira progressão geométrica, o desenvolvimento econômico da Baixada Fluminense demandaria por mais produtos e serviços, o que conduziria a um melhor desempenho no PIB per capita de municípios como Nova Iguaçu, o qual apesar de possuir condições reais de ter um Aeroporto e alçar altos voos numa economia cada vez mais globalizada e digital, ainda se vê presa ao anacronismo de políticas desconexas com o mundo real e cada vez mais dinâmico, onde não há espaço para amadorismo.

Com a palavra os gestores públicos de Cabo Frio e de Maricá, que sabiamente conseguiram entender o que de fato representa um Aeroporto para uma cidade em pleno século XXI.

 

Por: Sérgio Almeida.

Adm. de empresas e advogado.

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