Intelectual de ponta, o Comendador Helio Reis
escancara ao desnudar a nossa sociedade ao falar abertamente de racismo,
agressão doméstica contra a mulher e preconceito à homossexualidade.
Como é construir uma ponte entre
racismo, violência contra as mulheres e a discriminação contra a
homossexualidade? O Comendador e Doutor multi HC Helio Francisco Valente dos
Reis é pesquisador que possui vários títulos e honrarias Brasil a fora.
Homem culto e interessado pela mente
humana e pelas transformações sociais é Doutor em Psicanálise com HC em
Teologia, Filosofia, História e Letras, além de ser Membro Imortal da Academia
de Letras do Brasil (ALB), presente em vários Estados do Brasil. Nesta
instituição, ocupa a cadeira número 11, cujo patrono é apenas Machado de Assis,
onde também é Membro da Diretoria.
Imortal
na Federação Brasileira das Academias das Ciências, Letras e Artes (FEBLACA),
ocupando a cadeira 271, patrona Rita Lee, o Comendador também é Imortal na
Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (ABRASCI), ocupando
a cadeira 72, cujo patrono é José Rubem Fonseca. Também é membro de outras
academias de ciências artes e letras, além de ser Diretor do Centro Cultural
Africano que recentemente foi homenageado no Memorial da América Latina.
Indo
além das nossas fronteiras o Dr. Helio Reis também é Imortal da Academia
Internacional de Letras do Brasil (AILB), com sede em Nova York, somente para
citar alguns títulos.
Recentemente,
escreveu três livros: “A Violência na vida de uma Mulher”, “Racismo Velado” e
“Entrelaçados – Uma Sociedade em Transformação”.
Atuando
como defensor dos prematuros e portadores de TEA (Transtorno do Espectro
Autista), é autor de vários artigos publicados sobre este tema, em suas redes
sociais.
Com
o livro “A Violência na vida de uma mulher”, o Dr. Helio Reis, através de
depoimentos, joga luz sobre uma questão que agora está muito atual. Mas ele já
discutia esta questão lá trás. Ao analisar a violência à mulher, o que é
abordado no livro é que esta agressão está centrada na família, dentro de casa,
pelos parceiros e maridos. “O que, para
algumas pessoas, parece ser uma situação normal, natural, na verdade, pode ser
uma agressão à mulher”. Situações que analisadas pelo Comendador apresentam-se
erroneamente como comuns, não apenas na família, dentro de casa, mas também no
trabalho e na sociedade como um todo. E diz – “Vemos, todos os dias, reportagens nos jornais locais, na TV, na
Internet, casos de violência doméstica. Isso ocorre com muitas mulheres,
independentemente da classe social. Rica, pobre, branca, negra, jovem, madura.
É uma realidade no mundo, uma realidade triste”.
Um
trabalho complexo, mas que Helio Reis fez com eficiência ao deflagrar as
mazelas sociais de uma sociedade conservadora e machista que ainda vê a mulher
como submissa ao homem (primeiro o pai e depois o marido). Descumprir com este
padrão sociocultural, a agressão é vista como necessária para por tudo no eixo
novamente.
No
livro “Racismo Velado”, o Comendador Helio Reis descreve a hipocrisia da
sociedade. Como produto de miscigenação histórica que somos, no entanto, socialmente,
discriminamos as pessoas pela raça, pela cor da pele, xenofobia. Conforme o
Comendador escreve: “Onde deveria haver
gratidão por tanto trabalho dedicado ao País e colonização, ainda hoje a
discriminação impera. Infelizmente uma questão cultural e de conscientização e
educação”.
Já
no livro “ENTRELAÇADOS – Uma Sociedade em Transformação”, o Comendador Helio
constrói uma ponte entre racismo, violência contra as mulheres e a
discriminação contra a homossexualidade, formando uma trilogia sobre temas que
a cada momento adquirem uma grandiosidade nas discussões e novas nuances. Nesta
obra, o que se vê é uma sociedade em transformação. Neste cotidiano social,
violência contra a mulher e preconceito social, que também são estrutural e
social, é um relato de nossa fragilidade moral, ética e social, e que encontra
sua racionalidade ou ponderamento, através da educação, dos princípios de
valor, da formação e do caráter de cada um. “A
luta pelo fim do conceito de diferença da pele é absurda. Pois jamais podemos
julgar alguém pela cor da pele ou pela opção sexual e sim pelo que ele é”,
declara Helio Reis.
Nesta
obra, como nas outras duas criadas pelo Comendador, o objetivo é mostrar à
sociedade que o racismo é algo que não deveria existir, mas que, ao longo do
tempo, foi muito mais uma imposição das pessoas que tem a pele branca e que
tiveram mais oportunidades, daí subjugar as pessoas de pele negra. Que a
violência doméstica leva a um final trágico, deixando marcas na alma e que não
nos esqueçamos de que somos todos filhos de uma mulher, e que elas sejam
respeitadas.
E
que homossexualidade não é uma escolha, cada indivíduo tem sua essência e é a
natureza de cada um, que haja respeito por suas escolhas. E faz a seguinte
observação: “É um trabalho de
formiguinha, para que o meio mude e deixe de ser algo tão monstruoso”.
Para
o Comendador Helio Reis, com o seu trabalho árduo, avalia como um membro
acadêmico de pele branca, heterossexual, trava uma luta incessante com a
sociedade para um mundo melhor.
Por:
Clilton Paz.
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