Obras de arte e objetos decorativos dão alma ao Slow Living de Gabriela Herde
Tom divertido e reflexivo transmite a tônica do Slow Living, ambiente para desacelerar e viver o presente com liberdade de gestos e arranjos, na CASACOR/SANTA CATARINA em Balneário Camboriú
A arquiteta Gabriela Herde deu atenção especial à curadoria de obras de arte e objetos decorativos na composição do living de 80 m2 chamado de Slow Living. As escolhas da profissional dizem muito sobre o conceito apresentado no espaço, criado como o coração da morada onde tudo acontece e as histórias são vividas com afeto, diversão e troca de amor.
"As principais obras de arte foram pintadas à mão por dois artistas da região, o Cavalo foi um pedido especial meu ao Evandro Karvat, pois é meu animal de poder. O grande mural que fica na parede oposta é do artista Júnior Faquinha que conheci por acaso, em um de meus garimpos e pedi que usasse sua imaginação para desenvolver uma obra especial para o Slow Living. Ele atendeu com maestria e eu amei o resultado", conta a profissional.
O valor dado ao processo de criação está representado no painel logo no hall de entrada. O compilado de referências da arquiteta fica em destaque para que os visitantes mergulhem na dramaturgia espacial afetiva. A sensação de acolhimento intensifica-se com as paredes de cantos arredondados que se emendam ao teto em MDF, também trabalhada como forma de alusão à memória afetiva e vida simples no campo.
A iluminação cênica mais dramática cria uma atmosfera mais intimista e suave, ao mesmo tempo que reforça as obras de arte e objetos decorativos divertidos espalhados na metragem. Grande parte dos livros escolhidos vem de artistas nacionais, alguns internacionais, que fizeram carreira e história no Brasil na cena da arte e fotografia.
"As peças de decoração foram feitas por artesãos e garimpadas em feiras em São Paulo, na DW, Rosenbaum, Galeria Metropolis e SP Arte. Todas produzidas à mão e em baixa escala Made in Brazil", arremata a curadoria.
O layout tem proposta flexível, montado com mobiliário solto com exceção da grande estante personalizada que filtra a passagem de luz natural e concentra os adornos do morador. O sofá CANNES disposto em conjunto pode ser reconfigurado de acordo com a necessidade funcional, assim como poltronas, banquetas e mesas de centro e lateral seguem a mobilidade almejada pela arquiteta para uma vida mutante. Outro ponto de destaque da composição é o tapete componível Ciclos, desenho da arquiteta com a artista Cassia Malmann, representa as passagens da existência do ser humano.
O Slow Living compõem o roteiro de visita da mostra catarinense com 27 ambientes distribuídos em três andares do The Spot One, anexo ao Balneário Shopping, sede desta edição até 23 de julho.
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