*A ARTE DO DESJEJUM: Café da manhã do Vila Marola tem encantado a exigentes paladares no hotel da Taíba por sua variedade e técnicas francesas.*
TURISMO E CULINÁRIA
Quem nunca ouviu falar que o café da manhã é a principal refeição do dia? Pode-se até arriscar dizer que o café da manhã determina o dia de cada um de nós. E se tiver uma mesa farta, com produtos naturais, menu elaborado seguindo técnicas da culinária francesa e uma vista linda e privilegiada para o mar? É com esse cuidado que o chef Albertino Araújo recebe os hóspedes e também clientes que chegam no hotel Vila Marola, na Taíba – CE, em busca de uma experiência única nas primeiras horas do dia. Afinal, são quase 40 itens disponibilizados em buffet, além de um cardápio que oferece preparo na hora, a exemplo do queijo assado, tapiocas, crepiocas, crepes, omeletes, ovos (preparados conforme a preferência do hóspede) e waffles.
“Acredito que os crepes clássicos franceses, os waffles e frutas como abacate guarnecido de tomates, cebola e limão, além das rabanadas com açúcar e canela, podem ser itens que diferenciam nosso café da manhã na praia. Com certeza, a principal diferença está no preparo cuidadoso, feito com técnica e o uso apenas de produtos frescos e produzidos na casa. Nada é industrializado e nós produzimos nossos bolos e biscoitos”, reforça o chef. Consciente em movimentar a economia local, a grande maioria dos produtos utilizados na cozinha do hotel é comprada na própria Taíba. A exceção é para o creme de leite fresco e especiarias, cujas compras são feitas na capital cearense.
Funcionando das 7:30 às 10 horas, diariamente, o café da manhã (a exemplo de outras refeições e eventos gastronômicos realizados no Bar da Praia), é aberto ao público. Visitantes pagam R$ 64,90 e crianças abaixo de 12 anos de idade, 50% desse valor. Entre os itens no buffet fixo, destacam-se frutas, geleias, mel, creme de avelã, cream cheese, cereais, biscoitos caseiros, pães, frios, sucos, bebidas quentes e pratos quentes. Albertino Araújo explica que ele e sua equipe (sete pessoas trabalham na cozinha) estão preparados para atender pessoas que tenham intolerância a lactose ou outro tipo de restrição alimentar. “Basta que nos informe para prepararmos pratos à base de leite de coco ou amêndoas, por exemplo.”
E dentre tantas opções, sempre há um queridinho que quem prova, aprova e vai pedir novamente. É a omelete, cujo preparo difere do oferecido na maioria dos estabelecimentos da região. “A nossa omelete segue a técnica francesa, original, deixando-a extremamente cremosa por dentro. É, sem dúvida, um dos itens que os hóspedes mais se surpreendem”, comenta Albertino. O hotel trabalha com dois padrões de cardápio, um para o primeiro e outro para o segundo semestre, devido aos públicos distintos (brasileiros e europeus, respectivamente). Entretanto, as frutas e alguns preparos são modificados o ano inteiro, conforme a época, para ter sempre os produtos mais frescos e de melhor qualidade no cardápio.
Com formação técnica em cozinha e confeitaria francesa, o chef Albertino Araújo faz com que a equipe siga à risca a elaboração de cada prato de acordo com as fichas técnicas, do mais simples ao mais elaborado. “Isso gera padrão e permite o correto controle de custos, além de não deixar que as produções sejam feitas de forma errada ou diferente quando mudamos o executante. Técnicas e fichas técnicas não são negociáveis. Tem que ter e tem que seguir”, reforça.
Graduado em Gastronomia, formado pela Le Cordon Bleu Paris (Grand Diplôme ), fundador do L ́École Casa de Gastronomia em Fortaleza, pós-graduado em Docência em Nível Superior de Gastronomia e professor na Unichristus das disciplinas de Cozinha Francesa e Confeitaria II (pâtisserie), ele conseguiu imprimir um diferencial importante na cozinha do Vila Marola.
Falando em padrão, as únicas exceções que o hotel abre, para servir o café da manhã ou outra refeição no quarto, são em casos especiais, como idosos, bebês ou pessoas com dificuldade de locomoção. “Nesses casos específicos, levamos a mesa de apoio para um café na varanda. Mas dentro das acomodações não autorizamos, porque não dispomos de mesas para tal e como nossos enxovais são de primeira linha, (toalhas e lençóis de fio egípcio, por exemplo), o risco de danificar é grande, além também do risco de atrair pragas”, explica Albertino. Pelo fato do hotel ser estilo rústico/elegante e integrado à natureza, as louças e instrumentos utilizados nas refeições são todos de cerâmica ou bambu.
Embora não seja exclusividade, mas é um público fiel, os kitesurfistas e famílias de outros países que se hospedam no Vila Marola gostam de apreciar alguns itens específicos. Eles buscam por frutas e sucos tropicais, abacate, lentilhas e ovos, além dos bolos caseiros. “Para esse público utilizamos sempre linguiças defumadas (sem a pele), lentilhas, grão de bico, chilli, bacon (bem sequinho), tudo preparado com muita técnica, pouca gordura e temperos naturais”. O chef segue explicando: “A rotina dos praticantes do kitesurf é diferenciada. Café da manhã bastante reforçado e, depois, velejar. Então só retornam para uma nova refeição por volta das 16 horas, daí a importância de um café de alto padrão, balanceado, com proteínas e bem elaborado”.
E para quem ainda tem dúvida da importância do café da manhã, o chef Albertino ressalta que se trata também de uma questão metabólica, psicológica e de interação social do hóspede: “É o momento de reativação de todo o organismo, é o primeiro contato em grupo com as pessoas e é o momento em que, às vezes, até de maneira inconsciente, o hóspede avalia o hotel em todos os aspectos: recepcionistas, qualidade de cozinha e do atendimento, higiene, conforto (qualidade da música, iluminação, ventilação, etc.). Em geral, definirá seu humor para o resto do dia. Por tudo isso, temos especial atenção à produção e atendimento do café da manhã”, conclui o chef e gerente do Vila Marola, Albertino Araújo.
Serviço:
Hotel Vila Marola
Endereço: Rua Beira Mar, 100, Taíba, São Gonçalo do Amarante/CE
Contato: (85) 99432-7496
Instagram: @vilamarola
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