Roulien Boechat apresenta a exposição "O Amargo do Açúcar", onde traz personagens dos cabarés e bares luxuosos do Recôncavo Baiano dos senhores de engenho, pintados pelo artista no escuro, utilizando a luminotécnica. - Quero Notícia

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01 dezembro, 2022

Roulien Boechat apresenta a exposição "O Amargo do Açúcar", onde traz personagens dos cabarés e bares luxuosos do Recôncavo Baiano dos senhores de engenho, pintados pelo artista no escuro, utilizando a luminotécnica.

 Roulien Boechat apresenta a exposição "O Amargo do Açúcar", onde traz personagens dos cabarés e bares luxuosos do Recôncavo Baiano dos senhores de engenho, pintados pelo artista no escuro, utilizando a luminotécnica.



A mostra, realizada pela EntreArte,  pode ser visitada no Centro Cultural Correios RJ, a partir de 01/12, com curadoria de Carlos Bertão, e design expográfico e iluminação de Alê Teixeira





A EntreArte apresenta a exposição "O Amargo do Açúcar”, de Roulien Boechat, que, além de artista plástico autodidata, é fotógrafo, historiador, com especialização em História do Brasil e da Arte, e designer de interiores. A mostra traz obras do artista que retratam as personagens dos cabarés e bares luxuosos do Recôncavo Baiano, oriundas das memórias de sua avó, das histórias de Jorge Amado e de Gilberto Freyre, e dos comerciantes de escravos, que ganharam vida própria nas pinturas sobre lona, nas quais utiliza uma técnica mista, como betume, textura e tinta à base de água.





Uma das técnicas que Roulien aprendeu e foi desenvolvendo ao longo dos anos, educando sua visão, é pintar praticamente na penumbra, ou seja, quase no escuro, com uma luz amarela sempre de onde quer que venha a luz refletida. Por causa da faculdade de design, ele fez uma especialização em luminotécnica e foi estudando as cores quentes e frias. Essa técnica muda a percepção de quem está vendo, causa a sensação de que realmente está projetando um ambiente para a personagem.





A inspiração para essa exposição veio quando Roulien fez uma pesquisa de campo e se interessou pelas leituras de Jorge Amado ('No País do Carnaval', entre outros) e Gilberto Freyre ('Casa Grande e Senzala'). Sua avó era baiana, veio para o Rio carregando dois filhos, um deles seu pai, juntando as histórias que costumava ouvir dos dois, não só do cotidiano do Recôncavo Baiano, como de pessoas reais. Muitas amigas de sua avó eram brancas, e contavam que suas mães e avós vinham de Portugal, trazidas por comerciantes de escravos. No mesmo navio vinham órfãs portuguesas, comercializadas com os escravos, apesar de brancas, mas que viviam em orfanatos e vinham com o intuito de 'servir' ao senhor de engenho.





Essas meninas mal alcançavam a maioridade e já frequentavam os mais luxuosos lugares, como acompanhantes, pois para o homem branco e dono de terras, eram bonitas e magras, ao contrário de suas esposas, donas de casa. Muitas vezes vinham jovens garotos, também órfãos, com características femininas (como encomendado) e se passavam por meninas, todos vivendo nos cabarés e bares luxuosos. Ouvir essas histórias de sua avó inspirou muito o artista a escrever inclusive um livro, a ser publicado em breve, onde o prólogo será essa exposição, apresentando os personagens das pinturas, que servirão de ilustração.



A exposição pode ser visitada nas Galerias I e II do segundo andar, no Centro Cultural Correios RJ, a partir de 1º de dezembro de 2022, com curadoria de Carlos Bertãodesign expográfico e iluminação de Alê Teixeira e produção da EntreArte Consultoria, até 28 de janeiro de 2023.






Sobre Roulien Boechat



Artista plástico autodidata, nasceu em 1972, na Cidade de Bom Jesus do Itabapoana- RJ, onde aos seis anos de idade começou a rabiscar seus primeiros crayons. Mudou-se, em 1990, para Niterói-RJ. Em 2004, juntamente com os artistas Monteiro Prestes, Clóvis Péscio e Luiz Pinto, entre outros, fazia parte das edições da Revista Galeria em Tela, da editora On LINE, e se apresentava em exposições, pintando ao vivo.



Hoje, sua obra figurativa é carregada de imagens da terra, retratando seus personagens muitas vezes reais, cercados por textura e cores marcantes. Sua temática busca ressaltar e preservar a cultura brasileira e suas próprias raízes.
Filho de baiano e mãe que é neta de Europeus, neto de índio, Roulien Boechat resgata em sua história e origem, a fonte de inspiração.


Além de exposições  realizadas no Brasil, possui obras em acervos particulares como Cuba, Espanha, Suíça e em Portugal. Após alguns anos dedicando-se à fotografia, retorna às artes plásticas.



Instagram: 
@roulienboechat





Exposições no Brasil:

. Teatro Trianon - Campos dos Goytacazes, RJ
. Espaço Cultural do Tribunal de Justiça - Vitória, ES
. Exposições coletivas em Itaperuna, Miracema e Búzios, RJ
. Exposição individual no Banco Central de Belo Horizonte, MG
. Exposição individual na Assembléia Legislativa - Vitória, ES
. Exposição Coletiva - Tiradentes, MG
. Exposição Espaço Cultural da Prefeitura de Governador Valadares, MG
. Exposição individual Banco do Brasil - Bom Jesus do Itabapoana, RJ



Sobre Carlos Bertão (Curadoria)
 
 
Carioca, advogado, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com mestrado na Universidade de Nova Iorque (NYU), trabalhou em escritórios de advocacia no Rio de Janeiro, São Paulo e Nova Iorque.
Em 1980, foi contratado pelo Banco Mundial, em Washington, onde trabalhou por quase vinte anos.
Colecionador de obras de arte há mais de 40 anos, ao se aposentar do Banco Mundial retornou ao Brasil e passou a se dedicar à produção e curadoria de exposições.
 

Foi curador, entre outras, de exposições no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, 
Espaço Cultural Correios, em Niterói,no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, em São Paulo, no Museu de Arte Contemporânea do Estado de Mato Grosso do Sul – MARCO.
 
 
Hoje divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e Bonito, MS, tendo concebido e executado o projeto IMERSÕES MS, que envolveu um trabalho de residência do renomado artista plástico Carlos Vergara na região da Serra da Bodoquena, também com a previsão de  uma exposição no Museu de Arte Contemporânea do Estado de Mato Grosso do Sul – MARCO e a preparação e execução de um livro e de um vídeo do trabalho desenvolvido durante a residência.
 
 
Foi, também, Curador da exposição CONSCIÊNCIA, do artista peruano Ivan Ciro Palomino, produzida pela ONU, e realizada no Centro Cultural Correios RJ, no período de 25/09/19 a 19/01/20, que foi visitada por 143.524 pessoas.


Em todas as exposições que curou, nas quais apresentou obras de mais de 40 artistas, Carlos Bertão contou com a participação de Alê Teixeira, que foi responsável pelo design e pela iluminação delas.





Serviço

Exposição: "O Amargo do Açúcar"
Artista: Roulien Boechat
Instagram: https://www.instagram.com/roulienboechat/
Curadoria: Carlos Bertão @cbertao
Design expográfico e iluminação: Alê Teixeira @aleartale
Produção: EntreArte Consultoria @entrearteconsultoria
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem @_paula_r_soares
Informação: cbertao@gmail.com - obras disponíveis @cbertao

Público-alvo:  O projeto pretende atingir estudantes, professores, artistas, críticos, visitantes do espaço cultural, frequentadores do Centro do Rio e público em geral de faixa etária, níveis socioeconômicos e culturais diferenciados.

Local: Centro Cultural Correios RJ
Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro – RJ)
Abertura: 01 de dezembro de 2022 , das 16:00 às 19:00hs
Visitação: 01 de dezembro de 2022 a 28 de janeiro de 2023
Horário: terça a sábado, das 12h às 19h
Entrada: gratuita
Classificação: livre
Como chegar: Metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção a Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana). 
Informações: (21) 2253-1580 / E-mail: centroculturalrj@correios.com.br 
A unidade conta com acesso para cadeirantes.  


Assessoria de Imprensa:
Paula Ramagem

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