Julianá Souza: “sempre tive sede de conhecimento” - Quero Notícia

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23 setembro, 2022

Julianá Souza: “sempre tive sede de conhecimento”

 Julianá Souza: “sempre tive sede de conhecimento”


Jornalista comanda o “Programa Plural”, que aborda temas atuais com leveza e muita música


Por: Claudia Mastrange


Fotos: Divulgação


Talentosa, curiosa, expansiva...  Essas características são uma pequena amostra da multiplicidade e potência que é a jornalista Julianá Souza. Formada em Jornalismo e Relações Internacionais, ela atualmente apresenta o “Programa Plural”, que vai ao ar aos sábados, 17h,  pela TV Max Rio (Canal 25, ou 525 HD da Net)  e também está no ar no canal do programa no YouTube.


A atração recebe convidados para abordar temas atuais e relevantes, tudo em um espaço acolhedor, rico de diversidade e com muito alto astral. “Estamos muito animados, cheios de novas ideias, buscando constante aperfeiçoamento para agradar ao público que nos acompanha”, com Juliana, que assim se define: “Sou uma apaixonada por Deus, pela família, uma pessoa que ama ser útil e a fazer o bem sem olhar a quem. Uma entusiasta da vida”, conta a jornalista.


Fotos: Divulgação


Conheça um pouco mais sobre Julianá Souza:


Conte-nos um pouco de sua trajetória na comunicação.


Desde criança, sonhava em ser artista ou jornalista. A família participava de apresentações (risos). Após me formar em Relações Internacionais, concluí meu entendimento prático sobre o que ser, ingressando na universidade e cursando Comunicação Social - Jornalismo.


Como se tornou apresentadora? Entrevista sempre foi um viés forte na carreira?


Cursava o quarto período, quando fui abordada no elevador da universidade por uma jornalista respeitada. Indagada sobre o que fazia ali, respondi: curso Jornalismo. Então ela me fez um convite desafiador: conseguir uma entrevista com alguma celebridade em até 12 horas. Por força do destino, não é que consegui? (Risos). Logo pela manhã, daquele desafio estava eu, na cobertura de um luxuoso hotel no Centro do Rio de Janeiro, à beira da piscina, com equipe técnica e nada mais nada menos que Ariano Suassuna. Acreditem. Ai que honra, emoção e gratidão… Ícone da literatura mundial. A entrevista correu numa fluidez digna de uma já formada jornalista. Meu pai, do lado oposto da piscina, assistia sua filha em campo.


Ao acabar a entrevista, ele pediu ao seu assessor e sobrinho para que meu pai se aproximasse e disse-lhe com todas as letras: estou diante de uma das maiores jornalistas de que nosso país muito se orgulhará. Todos ficaram muito emocionados e eu voltei à universidade com a gravação para avaliação e aprovação… E não é que deu certo? Ali entrei para ser a apresentadora do programa de entrevistas temático gravado duas vezes na semana.




Quem te inspira como profissional?


Desde criança eu gostava de assistir programas de entrevistas, como o “De Frente com Gabi” Sempre muito tagarela, expansiva… As conversas estavam em meu dia a dia. Eu sempre tive sede de papo, conhecimento e novas perspectivas. Não é à toa que me formei em duas profissões e, de quebra, fiz um MBA em Gestão Empresarial. Minhas inspirações são pessoas com conhecimento e desenvoltura na transmissão do conhecimento, como Ricardo Boechat, Fátima Bernardes, Jô Soares, Marília Gabriela entre outros.


Qual o segredo de uma boa pauta nos tempos atuais?


A boa pauta é aquela onde, atual ou até atemporal, seja de interesse comum, tenha relevância, e que possa ser esclarecida de forma imparcial, livre e comprometida com a verdade.


Como surgiu a ideia do ‘Plural’, nos fale um pouco sobre o estilo e a missão do programa?


No ano de 2012, nascia minha filha caçula Maria Antonella, já tinha a Vallentina. Minha caçula foi diagnosticada, ao nascer, como portadora da síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo 18) uma doença rara genética, que causa uma série de alterações físicas a e mentais. Devido à gravidade e complexidade, esses portadores apresentam baixa expectativa de vida, e uma vida com muitas limitações sociais. Maria Antonella não teve a oportunidade de conhecer seu lar, pois durante cinco meses viveu na UTI Neonatal de um hospital renomado da rede privada de saúde. Mesmo sendo uma mãe “leoa” e uma pessoa esclarecida, me vi diante de um total abismo psicológico e informacional. Minha flor rara muito ensinou a mim e a todos que tiveram a oportunidade e a responsabilidade de cuidar em seus dias de vida. Foram cinco meses de muitos medos, incertezas e muitas cirurgias. A Julianá ali, se transformava.


Sua partida, aos cinco meses de vida, mudou tudo em mim. Aprendi o verdadeiro sentido de que nada é nosso,  tudo nos é emprestado e confiado para amar e zelar, a crer em Deus e seus desígnios e a aceitar e cuidar ao que é diferente… Ah, como sinto sua falta, como sou grata a Deus por cada aprendizado e misericórdia feito por nós duas. Em minha despedida física, prometi que por onde fosse levaria amor, caridade, alegria e informação.


Dez anos se passaram e esse projeto Plural sendo moldado para o tempo certo. Assim ele chegou… “Programa Plural” é um projeto baseado no meu compromisso feito a minha caçula que partiu, um encontro informal, em um espaço acolhedor, tendo como princípios o amor ao próximo. Abordamos a informação de maneira clara e esclarecedora, assuntos de interesse comum e atemporais, além de boa música, alegria e leveza.


Na chamada para a estreia você diz que ‘é tempo de alegria’. É importante falar de todo tipo de tema – inclusive os mais pesados – mas contrabalançar com positividade, música...?  O espectador precisa de mais leveza?


A expressão “É tempo de alegria” vem como um carinho a todos, trazendo esperança, luz e otimismo, até para tratar de assuntos delicados e tristes. Afinal, só não temos solução para a morte, mesmo sendo a única certeza que temos ao nascer. Mas se o hoje chama-se ‘presente’, e é uma nova oportunidade que Deus nos dá de viver, aprender, recomeçar e amar, então que seja leve e repleto de carinho e gratidão.


O “Plural” estreou há menos de dois meses. Como tem sido esse desafio de colocar no ar uma nova atração e como está a receptividade?


Estamos muito animados, buscando inspirações de quadros de sucesso que fizeram parte da história da Televisão , de sucesso, e buscando sempre estar sempre conectados de maneira intimista com o público que nos acompanha. Graças a Deus tenho na equipe pessoas e profissionais amigos, competentes e engajados fulltime. Uma família onde todos se ajudam, se dão as mãos e crescem com erros e acertos. Sinto o carinho e a aproximação dos fãs e, mais do que nunca, sinto que estou caminhando no lugar certo, com muita humildade, união e entusiasmo.


Estamos inserindo novos quadros e o nosso desejo para um futuro próximo, se assim for o desejo de Deus para mim, um programa diário e plural (risos). Partindo de Julianá Souza, cada momento é um flash, cada hora é uma novidade.




Alguma entrevista, nesta fase ou em outros momentos, que te surpreendeu muito? Conte algum detalhe curioso ou engraçado que foi inusitado pra você?


Tive uma convidada que, mesmo eu sabendo seu nome, durante todo o programa, a chamava por outro nome. Ao encerrar a gravação e agradecimentos ela veio e me disse: “Ju você é uma pessoa incrível, de generosidade, acolhimento, inteligente, espirituosa, amei participar do seu programa, mas meu nome é…” Eu, vermelha, não me contive em pedir desculpas;  virei e falei: ”Então fica como codinome, que tal???” Rimos muito, nos divertimos juntas e nossa amizade criou raízes até o momento..


O que idealiza para os próximos meses – e anos – do programa? Pensa em mudanças ou novos quadros para 2023?


Vejo, no momento, o programa Plural, como um bebê recém-nascido, buscando entender e se ajustar ao seu propósito e batalhando por seu lugar ao sol. Sonho com muita fé, em irmos para uma emissora aberta, com transmissão quem sabe mundial. Um programa diário, sem perder suas características e a autonomia de cumprir sua missão.


Desejo que toda minha equipe e os que nos acompanham cresçam, se transformem em agentes da informação, do amor, da generosidade e comprometidos com um mundo com mais informação, empatia e fé. Deus me ama muito, é grandioso e presente em meu caminhar. Tenho pais amáveis e participativos em minha vida, uma filha que é meu propósito de amor e a luz dos meus caminhos. Uma equipe amiga e de estrelas.


Minha equipe é um ‘Dream Team’. É tanto amor e otimismo… Desejo vida longa a todos da família “Plural”. A Julianá Souza é uma pessoa apaixonada pela vida, que aceita e curte novos desafios, está aberta a críticas e sugestões. E por que não, não é mesmo?


O que curte ver nas telas, em geral, e no jornalismo?


Eu adoro assistir nas telas, bons filmes de amor e comedia, documentários, shows e programas de entrevistas e musicais. Adoro o simples, verdadeiro, o que te traga aconchego, paz e alegria. Sou uma apaixonada por Deus, pela minha família, uma pessoa que ama ser útil e  fazer o bem sem olhar a quem. Uma entusiasta da vida. Minha vida pessoal costumo viver sem expor. Muito vaidosa, amo salão de beleza, clinica de estética... Pratico musculação e Pilates. Afinal de contas, televisão nos bonifica com pelo menos sete quilinhos a mais sem pedir (kkkkkk).


Como é Julianá nos bastidores e na vida pessoal? O que gosta de fazer nas horas vagas?


A Julianá é uma pessoa que preza por todos os locais e companhias que a deixem livre para ser quem é. Que deixem de lado julgamentos e simplesmente vivam o momento como se não houvesse o  amanhã. Amo ir a shows, teatros, bons restaurantes, com boas companhias. Viajar é sempre muito bem vindo. Sou praticante da Terapia Sistêmica Familiar e adoro a Constelação Familiar. A paz e a solitude muitas vezes são a minha melhor companhia, além, é claro, da companhia da minha  linda e amada filha Vallentina. Meu orgulho maior e o meu caminho para sempre buscar minha melhor versão. Deus, meus pais e minha filha são insubstituíveis e prioridades no meu dia a dia. Estar com eles é a melhor prática do amor.


Eu só permaneço onde me sinto eu, me sinto em paz e feliz. Não tenho a pretensão de agradar a todos, já que nem Deus conseguiu, que dirá euzinha (risos ). Falem bem, falem mal, mas falem de mim, o importante é ser lembrada (kkkk). Julianá esta on!Tenho muita gratidão a Deus pela vida, aos meus antepassados e aos meus pais que amo demais. Graças a todos eles existo e hoje estou aqui escrevendo, batalhando e assinando autoralmente minha história. Gratidão a todos que me cercam. Beijos com muito amor, luz e gratidão, Julianá Souza.

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