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07 setembro, 2022

Brasil possui 18 milhões de pessoas ansiosas

 Brasil possui 18 milhões de pessoas ansiosas


Segundo a OMS, em 2018, o Brasil tinha 18 milhões de pessoas ansiosas, mas com a pandemia o número aumentou em 25%




De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, concentrando mais de 18 milhões de brasileiros com sintomas de ansiedade, segundo informações de 2018. Já um dado mais recente da instituição mostra que com a pandemia o número aumentou em 25%. 

“As pessoas estão cheias de problemas para resolver e com cada vez mais dificuldade de lidar com tudo o que acontece em suas vidas.”, menciona a psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli. 

Outra pesquisa, essa direcionada aos profissionais home office, também vai ao encontro dos dados da OMS. Segundo a Gallup, o trabalho remoto tem desgastado mais os profissionais, comprometendo sua saúde mental, cerca de 86% das pessoas que trabalham de forma remota apresentaram pelo menos 1 dos 12 estágios dentro das seis etapas até o nível máximo de exaustão.

Mais de 67% das pessoas ainda se sentem pressionadas a estarem disponíveis durante todo o tempo, inclusive fora da jornada "tradicional" conhecida como "horas úteis" ou mesmo fora dos horários combinados previamente, e 45% declara estar trabalhando mais horas do que deveria.

“O esgotamento no trabalho se dá muito mais pela forma com que nos relacionamos do que com “o quê” nos relacionamos. Pensando nisso, quantas empresas estão falando sobre esse problema? Quantas empresas contam com programas de prevenção e suporte a pessoas com ansiedade? Quantas empresas assumem que têm colaboradores ansiosos em seus escritórios ou em home office? Infelizmente, são poucas empresas que investem nesse tipo de ação, mesmo sendo uma realidade cada vez mais presente.” questiona Ana Tomazelli. 


Eficiência disfarçada

“Sabe aquela frase que muitos empresários usam, ‘trabalhe enquanto eles dormem’ está caindo em desuso, levando em consideração o legado negativo que ela deixou, com inúmeras pessoas com ansiedade, burnout, depressão entre outros. A velha ideia de romantizar o workaholic, de que quanto mais você rala, mais chances terá de receber reconhecimento, não respeitar os próprios limites (ou nem reconhecê-los) também contribui para exaustão, mas é injusto atribuir responsabilidades individuais quando o problema é sistêmico e quando o medo de perder a fonte de renda é maior do que a coragem de se preservar. Por outro lado, esperar que o sistema mude, no curto prazo, é quase ingênuo da nossa parte, o que nos traz de volta às esferas mais particulares”,  complementa Ana Tomazelli. 

Pesquisas trouxeram à tona os reflexos negativos desse tipo de rotina à saúde das pessoas, que apresentaram sintomas como: ansiedade, depressão e distúrbio do sono. Nos últimos anos, ficou evidente que o excesso de trabalho gera, ainda, burnout, pedidos de afastamento e pode ser fatal, segundo a Organização Mundial da Saúde.

“Além de não garantir o retorno esperado, essas atitudes em excesso, descontroladas, escondem perigos tanto nas interrelações pessoais quanto na saúde dos colaboradores. O papel do líder e da organização é reverter esse cenário, essa dinâmica de medo, ansiedade e apreensão que o profissional vive diariamente. Assim como existem comitês da diversidade já passou da hora de existir debates e ações em relação à saúde mental, excesso de trabalho, assédio e assim por diante”, pontua a CEO do Women Leadership, Isa Quartarolli. 

O Brasil acumula posições preocupantes quando o assunto é saúde mental e tudo vai passar pelo trabalho, ou seja, pelas relações estabelecidas nos ambientes físicos ou remotos em que há alguma atividade profissional. Atualmente, o País ocupa o primeiro lugar no ranking de ansiedade em nível global, segundo em burnout e quinto em depressão.

“É necessário entender que estatísticas sociais são estatísticas corporativas. Temos a tendência de colocar a culpa nas empresas, esquecendo que as empresas - e qualquer outra corporação - são representadas por pessoas. Se um jogador de futebol faz algo errado, o que isso significa para o time?”, finaliza Tomazelli. 



Ana Tomazelli, psicanalista e idealizadora do IPEFEM (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas)A profissional conta com 20 anos de experiência no mercado de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, com passagem pelas empresas KPMG, Dasa, UnitedHealth Group, Solera Holdings, entre outras. Pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FGV, Administração e Gestão de Empresas pelo IBMEC, Psicanálise e Saúde Mental (IBCP). 


Ipefem 


Fundado em 2019, o Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas - Ipefem atua em três pilares, que podem acontecer coordenadamente ou individualmente: pesquisa, educação e terapia. Em Pesquisas, considera-se todas as modalidades técnicas de pesquisa que considerem recortes por gênero, orientação sexual e saúde mental. Em Educação, o instituto tem a Comunidade Ipê, uma plataforma de educação à distância, baseada em Lifelong Learning, dedicada a aulas expositivas e micro conteúdos de impacto. Em Terapia, o instituto já atendeu milhares de pessoas, oferecendo apoio terapêutico individual ou em grupo, podendo ser atendimentos gratuitos ou com valores simbólicos acessíveis. Saiba mais: https://ipefem.org.br/

 

Isa Quartarolli, founder e CEO da Women Leadership, a empresária é formada em administração com ênfase em Marketing e Propaganda e pós-graduada em Marketing Digital. Em sua trajetória profissional atuou por dois anos como Community Manager na How Education, hub de educação com o foco em desenvolvimento de habilidades para o trabalho digital. Com o propósito de dar voz às lideranças femininas, a empresária criou o Women Leadership, com o objetivo de fomentar o protagonismo feminino através da liderança. Desde de 2017 realiza palestras sobre Propósito & Liderança Feminina. Além disso, já participou de projetos na RPC (afiliada da Rede Globo PR), ExxonMobil, Juntos Seguros, ViaSoft Connect, Governo do Paraná, Sebrae/PR e EBANX, Renault, Pipefy, Olist.


Women Leadership


Fundada em 2019, a startup de educação promove eventos, bootcamps, cursos, conteúdos e networking para incentivar a liderança feminina na nova economia. O propósito é fomentar o protagonismo feminino através da liderança. A WL conta com mais de 15 mil mulheres impactadas com os eventos e bootcamps presenciais e online. A startup conta com grandes parceiros apoiadores como Sebrae/PR, Cubo Itaú, Loft, Movile, EBANX, entre outros. Saiba mais: https://womenleadership.com.br/

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