"Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" de Clarice Lispector
Dia 02 de Setembro / 2022 estreia UMA APRENDIZAGEM Ou O LIVRO DOS PRAZERES de Clarice Lispector, direção de Ernesto Piccolo com Melise Maia e Rafael Queiroz no Teatro dos 4
“UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES” de Clarice Lispector, com Melise Maia e Rafael Queiroz, adaptação de Melise Maia, direção de Ernesto Piccolo e direção musical de Edu Lobo estará em curta temporada, do dia 02 de setembro a 02 de outubro/2022, no Teatro dos 4, no Shopping da Gávea, sempre às sextas feiras e sábados 20h e domingos 19h.
A atriz e adaptadora do texto para os palcos, Melise Maia, explica que “nesta adaptação teatral”, dá início ao espetáculo, com o processo criativo de Clarice Lispector escrevendo um livro onde a professora primária Loreley, mais conhecida como Lóri, sai de Campos para o Rio de Janeiro, em busca de uma liberdade impossível de ser alcançada numa cidade do interior. Ela conhece Ulisses, um professor de Filosofia, que irá se tornar o grande amor de sua vida.
A narrativa acompanha o processo angustiante e prazeroso característico dos amantes.
Nessa jornada, Lóri segue em busca de si mesma e do prazer sem culpa. Ulisses funciona como um farol, iluminando os caminhos para que ela possa viver um grande amor.
O espetáculo recebeu vários elogios pelos críticos teatrais e colegas que assistiram a primeira temporada:
“A imersão da atriz Melise Maia, nas páginas de “Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres”, publicado por Clarice Lispector (1920-1977) em 1969, com sua “Lóri”, inunda o palco da Casa de Cultura Laura Alvim de tensão. Sua estrela esbanja viço na maneira de esgrimar frases de concreto armado. A peça traz a direção inquieta de Ernesto Piccolo que se posiciona entre a arrancada do processo de escrita de um romance, enquanto “Ulisses”, o professor de filosofia defendido por Rafael Queiroz apresenta um deslumbre de atuação, seus movimentos na direção de Melise são de acolhimento, na percepção de que um abraço pode ser um abrigo”. Rodrigo Fonseca (crítico teatral – Estadão-SP).
“A adaptação de “Uma Aprendizagem ou o livro dos prazeres" é um perfeito itinerário do que deve ser o teatro contemporâneo. A direção de Ernesto Piccolo transforma as experiências amorosas dos dois personagens em poesia do encontro. E a trilha sonora e direção musical de Edu Lobo são uma verdadeira sinfonia do que deve ser o fazer, a educação do prazer da paixão.” Claudia Chaves (crítica teatral – RJ).
“Eis que Ulisses e Lori se encontraram no bairro de Ipanema, como na aprendizagem de Clarice. Eu vi Lori e Ulisses em cena. Eu vi! O encontro de Melise Maia com “O Livro dos Prazeres” estava marcado há séculos: paixão e afeto. Teatro com “vibrações translúcidas, potentes e ecoantes em pleno ar da vida”, como escreveu Clarice Lispector. Teresa Montero (Professora e uma das biógrafas de Clarice).
“A transposição da obra de Clarice para o palco foi feita com sensibilidade. A montagem galvaniza a plateia.”. Aloisio Abreu (ator, diretor, roteirista e júri do Prêmio APTR).
“Melise Maia e Rafael Queiroz se afinam de tal forma que o resultado revela profundo domínio de uma plateia hipnotizada, já capturada pelo romance de Clarice Lispector”. Francis Mayer (autor e diretor teatral).
“O trabalho da atriz Melise Maia é um primor! Tanto como atriz quanto como adaptadora do livro de Clarice, “Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres”. Fiquei impactada! Neusa Caribé (Atriz).
“Clarice não é para qualquer uma!” Maria Pompeu (atriz, diretora teatral, comentando sobre o trabalho da atriz Melise Maia, ao final da apresentação).
“Amei o espetáculo! Os atores brilharam em cena e deram vida, com muita propriedade aos personagens. Cheguei com sono ao teatro, cansada de um dia exaustivo, mas, durante a apresentação fiquei totalmente desperta! Vale muito a pena assistirem o espetáculo e garanto que, quem for, se encantará com a montagem. Eu garanto! ”. Aline Riscado (atriz e 'musa da cervejaria Itaipava’).
O texto:
“Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres” é o sexto romance da escritora Clarice Lispector, publicado em 1969. Ele começa com uma vírgula: ", estando tão ocupada, viera das compras de casa que a empregada fizera às pressas porque cada vez mais matava serviço..."
A inusitada introdução é apontada, pelo crítico Benedito Nunes, como uma indicação de que o romance deve ser lido como uma continuação das obras anteriores de Clarice Lispector, em especial de ‘A Paixão Segundo G.H.’ (1964), que por sua vez termina com dois pontos:
A autora Clarice Lispector, nascida: Chaya Pinkhasivna Lispector em Chechelnyk, no dia 10 de dezembro de 1920, faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de dezembro de 1977), foi uma escritora e jornalista brasileira nascida na Ucrânia. Autora de romances, contos, e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, reputando-se como uma de suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano. Quanto às suas identidades nacional e regional, declarava-se brasileira e pernambucana.
Nasceu em uma família judaica russa que perdeu suas rendas com a Guerra Civil Russa e se viu obrigada a emigrar em decorrência da perseguição a judeus, à época, a qual resultou em diversos extermínios em massa. Especula-se que a mãe de Clarice teria sido violada por soldados russos durante a Primeira Guerra Mundial. A futura escritora chegou ao Brasil, ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs. Clarice dizia não ter nenhuma ligação com a Ucrânia - "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil. Inicialmente, a família passou um breve período em Maceió, até se mudar para o Recife, onde Clarice cresceu e onde, aos oito anos, perdeu a mãe. Aos quatorze anos de idade transferiu-se com o pai e as irmãs para o Rio de Janeiro, local em que a família se estabilizou e onde o seu pai viria a falecer, em 1940.
Estudou Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, conhecida como Universidade do Brasil, apesar de, na época, ter demonstrado mais interesse pelo meio literário, no qual ingressou precocemente como tradutora, logo se consagrando como escritora, jornalista, contista e ensaísta, tornando-se uma das figuras mais influentes da Literatura brasileira e do Modernismo, sendo considerada uma das principais influências da nova geração de escritores brasileiros. É incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século XX.
Suas principais obras marcam cada período de sua carreira. “Perto do Coração Selvagem” foi seu livro de estreia, publicado quando Clarice tinha 24 anos de idade; “Laços de Família”, “A Paixão segundo G.H.”, “A Hora da Estrela” e “Um Sopro de Vida” são seus últimos livros publicados. Faleceu em 1977, um dia antes de completar 57 anos, em decorrência de um câncer de ovário. Deixou dois filhos e uma vasta obra literária composta de romances, novelas, contos, crônicas, literatura infantil e entrevistas.
O diretor Ernesto Piccolo, ator e diretor, se destaca no meio cultural por sua versatilidade tanto no teatro, no cinema, como na TV. Seus últimos espetáculos como diretor foram: ‘Divã’, com Lílian Cabral, ‘A História de Nós Dois’, com Alexandra Richter, ‘Doidas e Santas’, com Cissa Guimarães e ‘Simples Assim’, com Julia Lemmertz. Além do grande sucesso infantil ‘Detetives do Prédio Azul’.
A atriz Melise Maia iniciou sua carreira no início dos anos 80, e fez alguns espetáculos de sucesso, como: ‘Peer Gynt’, ‘Vejo um Vulto na Janela’, ‘Me Acudam Que Eu Sou Donzela’, ‘Por um Triz Não Sou Feliz’, ‘Tributo’, ‘Os Sete Gatinhos’ (de Nelson Rodrigues), entre outros. Participou de algumas novelas como ‘O Outro’, ‘De Corpo e Alma’, ‘Que Rei Sou Eu’, entre outros. Depois partiu para experiências mais autorais tanto no teatro, como no cinema e na TV. Escreveu e realizou as Peças: "As Absorventes" e "O Diabo Veste Saara". Fez alguns curta metragens que participaram de vários festivais nacionais e internacionais, ganhando alguns prêmios com um deles "O Caso Libras" e também escreveu dirigiu e produziu uma série para TV chamada: "Ribanceira" que ganhou um edital pela Ancine e foi ao ar no Canal Brasil em 2016.
O ator Rafael Queiroz tem mais de 15 anos de profissão. No Teatro fez ‘Navalha na Carne’, ‘Teatro Cômico’, ‘Sonhos de um Sedutor’, ‘Cigarros Roubados’, entre outros. Na TV participou da novela ‘A Dona do Pedaço’, ‘Caras e Bocas’, ‘Cama de Gato’, entre outras. Fez também a série: ‘Verdades Secretas II’.
A peça comemora o Centenário de Clarice Lispector que aconteceu em 2020, mas que devido a pandemia teve sua estreia adiada.
“UMA APRENDIZAGEM ou O LIVRO DOS PRAZERES”
Autora: CLARICE LISPECTOR
Adaptação: MELISE MAIA
Elenco: MELISE MAIA e RAFAEL QUEIROZ
Direção: ERNESTO PICCOLO
Direção Musical e Arranjos: EDU LOBO
Trilha Sonora (gravação): BISCOITO FINO
Músicos: MAURO SENISE (Sopros), CRISTÓVÃO BASTOS (Piano) e JORGE HELDER (Contrabaixo)
Direção de Movimento: MARCIA RUBIN
Cenografia: ROSTAND ALBUQUERQUE
Iluminação: EDUARDO SALINO
Operação de som: JANSER BARRETO
Figurino: MARCELA TREIGER
Fotografia: SABRINA DA PAZ
Programação Visual: BEATRIZ LAMANNA
Assessoria de Imprensa: JOÃO LUIZ AZEVEDO
Coordenação de Produção: JOANA MOTTA
Idealização: MELISE MAIA
Realização: RIMEL PRODUÇÕES
Devido ao grande sucesso em sua primeira temporada na Casa de Cultura Laura Alvim, a peça teatral “UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES” de Clarice Lispector, volta a cartaz, para mais uma temporada, agora no Teatro dos 4, no Shopping da Gávea.
Curta temporada: de 02 de setembro à 02 de outubro/2022.
Sextas e sábados às 20h
Domingos às 19h.
Indicação etária: 12 anos.
Ingressos: R$ 90,00 (inteira) R$ 45,00 (meia)
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