Nasce a Artesana, ateliê de boas memórias na Rota Ecológica dos Milagres
Espaço Artesana surge com a missão de representar o estilo de vida da região com peças feitas à mão exclusivamente por artistas femininas
Ramona, dona da Artesana |
A natureza que abraça a Rota Ecológica dos Milagres, no litoral alagoano, sempre foi a maior fonte de inspiração para a cultura local, seja na gastronomia, na arte ou até no modo de organização das vilas de pescadores que vivem ali. O pessoal do Grupo Tamo Junto se envolveu na missão de materializar o espírito mágico da região e as boas memórias proporcionadas pela vida em Milagres. Assim, nasceu a Artesana, um ateliê onde tudo é costurado pelas mãos e os saberes de mulheres alagoanas.
Criada para escrever os próximos capítulos de uma história que começou no réveillon do Grupo TJ, pela Lojinha dos Milagres, a Artesana chega com uma missão mais abrangente. Além da tradicional linha de bonés "I believe in Miracles", o ateliê traz a leveza e a simplicidade da Rota Ecológica traduzidas em coleções únicas. Com exceção das joias banhadas a ouro e prata, o trabalho manual tem destaque em todas as novas peças, entre roupas, bordados, bolsas, almofadas e artigos de cerâmica pensados exclusivamente por artistas femininas.
No intuito de formar uma rede de mulheres tão apaixonadas por arte quanto ela, Ramona Zanon, à frente da Artesana, é que acendeu, no Grupo TJ, o desejo de valorizar o trabalho realizado pelas mãos femininas. Um dos pilares da marca é exatamente abrir as portas para o protagonismo das diferentes mulheres que foram chegando aos poucos no ateliê e hoje imprimem beleza e afeto em suas criações. Assim, ao passo que as novas artistas ganham destaque, o conhecimento e as técnicas mais tradicionais das artesãs continuam sendo preservados.
Essas são as “artesanas”, as responsáveis pelas peças da loja |
A conexão com a natureza também é um dos maiores interesses dentro do ateliê, desde os processos de produção — em sua maioria, manuais e sustentáveis — até o destino final. A nova coleção em linho enrugado, por exemplo, não apenas é produzida sem gerar danos ao meio ambiente, mas sua fibra em estado natural e seus cortes assimétricos trazem para as roupas um ar versátil e atemporal que estimula as pessoas ao consumo consciente. Até mesmo a inspiração para os bordados que estampam discretamente as roupas são os elementos naturais.
Cada peça carrega um pouco da paisagem, da energia e da história de Milagres, mas a casa que acolhe a Artesana também não fica para trás. O espaço é uma mistura da arquitetura vernacular e da arquitetura colonial que desenham toda a Rota. Enquanto o uso da palha no interior do ateliê remete às moradas dos jangadeiros na beira-mar, as portas com corte horizontal na fachada lembram as antigas construções holandesas da região. Nada, porém, se compara ao jardim, onde se pode dar a sorte de colher caju ou graviola diretamente do pé.
Descobrir as pessoas e histórias por trás de cada peça da Artesana é só uma questão de visitar a Praia do Marceneiro, o trecho mais sossegado da Rota Ecológica. O ateliê, que fica ao lado da Secretaria de Turismo de Passo de Camaragibe, abre de terça à sábado, das 14h às 20h. Para mais informações, basta procurar por @artesana.milagres nas redes sociais.
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