Amar a si mesmo

byEduardo Baunilha-domingo, junho 12, 20220 Comentários

                       

SAÚDE TOTAL

Conversas psicanalíticas com o Dr. Eduardo Baunilha

Amar a si mesmo

Começa na infância o processo de construção de uma imagem positiva de nós mesmos.

Isso equivale dizer que um ambiente em que existem profícuas trocas afetivas, com poucas críticas e muita interação saudável, certamente contribuirá para que tenhamos uma relação significativa no que tange a nosso valor pessoal.

Todavia, se o contexto propiciar o contrário daquilo que precisamos para sermos positivos, certamente levaremos pela vida uma existência negativa, triste e limitante.

O efeito disso pode ser muito deletérico. Alguém com valor positivo baixo será mais pessimista e tenderá a pensar que todos os têm com menos valia, o que comprometerá muito suas relações interpessoais.

Também o desconforto emocional que acompanha tais pessoas a farão ser mais propensos a sofrerem de ansiedade, fobia social e a ter constantes sentimentos de perigo. Tudo isso só reforça seu senso de inadaptação.

Assustador não é?

Se tenho meu valor próprio positivado, tudo bem. Vou passar por dificuldades, mas conseguirei seguir em frente de forma mais tranquila; mas, se não, o que fazer então?

O primeiro passo é tentar entender o que acontece comigo. Para tanto, precisamos conhecer nossa história: autoconhecimento. Você sabia que até 74% dos estilos parentais se mantêm inalterados por até quatro gerações? Isso significa que fomos guiados ou reforçamos modelos de muito tempo atrás.

Tal premissa nos leva a pensar que culpabilizar outros por não sentirmos ter um valor próprio positivo, pode ser negativo. Conhecer as história de nossos antepassados não é para encontrar culpados, mas para, por meio deste conhecimento, buscar caminhos para melhorarmos aquilo que nos está angustiando ou nos limitando.

O segundo passo é avaliarmos positivamente o que fazemos de bom. Precisamos reconhecer nossas potencialidades. Como terei valor próprio se nem eu mesmo me admiro?

Terceiro passo é acreditarmos que tudo pode ser diferente. Não é porque tive uma vida difícil no passado que preciso ser levado a pensar que não terei alegrias e vitórias no futuro.

Lembre-se de se questionar sempre. Esse é o princípio ativo de quem quer conhecer seu verdadeiro eu e descobrir um grande ser por meio deste conhecimento.

Um abraço fortíssimo para você!