Transplante capilar é o processo mais utilizado pelos famosos hoje em dia, a procura por eles na pandemia foi mais para tratar aquele incômodo pela imagem. - Quero Notícia

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19 novembro, 2021

Transplante capilar é o processo mais utilizado pelos famosos hoje em dia, a procura por eles na pandemia foi mais para tratar aquele incômodo pela imagem.

 Transplante capilar é o processo mais utilizado pelos famosos hoje em dia, a procura por eles na pandemia foi mais para tratar aquele incômodo pela imagem.


 O Dr. Mauro Speranzini - Divulgação

Para saber mais detalhes, o médico cirurgião brasileiro, Dr. Mauro Speranzini, relata sobre as suas técnicas criadas .Os métodos utilizados no procedimento capilar são : Fue, Fut ,Fue com DNI e Fue Robotizada.

Elas são reconhecidas pelas principais entidades médicas como, ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar), ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery - Associação Internacional de Transplante Capilar ), e SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

A técnica ``Fue" é o procedimento mais modernizado, seguro e minimamente invasivo procedimento de restauração capilar utilizado pelos maiores centros de transplante capilar do mundo.

Os fios são retirados da área doadora (nuca e têmporas) e colocados na região calva do paciente. São retiradas unidades foliculares inteiras ou uma parte em uma única sessão. São transplantados de 1000 a 3000 unidades foliculares.

Para fazer este procedimento de retirada dos fios é utilizada uma ferramenta cirúrgica denominada punch, através dela a cicatriz produzida é puntiforme com diâmetro de 0,8 mm e máximo 1 mm.

Outra técnica criada pelo Dr. Speranzini,a Fue DNI (Dull Needle Implanter), utiliza os implantadores adaptados, que dispensam a tradicional pinça na colocação dos fios na área receptora.

Através do Implanter é possível realizar incisões bastante delicadas na linha anterior da área calva.Usando o diâmetro de 0,5 mm, em vez do tradicional 1mm ( retirar na sequência enxertar as unidades foliculares, sem manuseá - las em excesso).

Eles ficam fora do corpo do paciente por pouco tempo e tem um aumento do couro cabeludo bem significativo.

Já a técnica Fut , é utilizado um bisturi de onde um fuso de pele é retirado do couro cabeludo (área doadora). O transplante para área receptora é utilizado um microscópio.Os fios são separados manualmente pela técnica do fio longo (tamanho original).

No pós operatório é possível observar um resultado próximo ao final do processo.

Deixa uma cicatriz linear na área doadora, devido retirada do fuso de pele. Não tem como o paciente fazer cortes de cabelos bem curtos.O incômodo é muito grande por deixar a mostra a cicatriz.

Para pacientes que já fizeram duas ou mais transplantes capilares, a técnica Fut é inviável, a razão é a inelasticidade do couro cabeludo da região da área doadora.

A outra técnica utilizada, a Fue Robotizada, tem o uso de um robô como auxiliar nas cirurgias de transplantes de cabelos para promover a retirada das unidades foliculares da área doadora.

Mas possui limitação.A sua utilização nestes procedimentos é usada há alguns anos com previsão futura para a realização de transplante capilar.

Pois em condições cirúrgicas ele agiliza o processo, mas não retira folículos das regiões laterais que é fonte doadora.

O robô ainda é apenas uma ferramenta de marketing tecnológico.

No processo de cicatrização e recuperação da área doadora não é tão rápido, por utilizar o sistema blunt ou punches cegos, não pode ser usado para remover folículos de outras partes do corpo, como barba e tórax, muito menos nós cabelos superiores para cobrir a área raspada e no transplante de barba.

 Dr. Mauro Speranzini - Divulgação


Sobre o Dr. Speranzini:

Mauro Speranzini: Formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1987, é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Sua tese de mestrado foi defendida pelo Departamento de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da USP. Cirurgião especializado em transplante capilar, Dr. Mauro Speranzini foi presidente da Associação Brasileira de Cirurgia Capilar para o biênio 2016-2018, criador das técnicas DNI (Dull Needle Implanter) associada à FUE Evolution, também criada por ele, participa de congressos e associações de implante capilar nacionais e internacionais, além de diversas publicações sobre implante capilar nas principais revistas científicas do mundo inteiro.


 Dr. Mauro Speranzini - Photo imagem : David Santos Jr

1)Como funciona o processo de transplante capilar?

O implante ou transplante capilar é um procedimento cirúrgico no qual é feita a redistribuição de fios de cabelos do próprio paciente da chamada área doadora, região em que os fios não são suscetíveis à queda, para a área calva. Neste processo, unidades foliculares são retiradas da área doadora (geralmente a região das têmporas e nuca) com um aparelho motorizado e implantadas, uma a uma, com o auxílio de um implantador, na área calva.

2)Quais faixas etárias têm mais procura?

O procedimento de implante capilar é indicado para pacientes a partir dos 27 anos, mas a procura maior está na faixa de 40 a 50 anos. Importante ressaltar que não há limite de idade para esta cirurgia, desde que a pessoa goze de boa saúde em geral.

3)O que motiva a queda do cabelo?

A queda de cabelo pode ser causada por vários fatores, desde estresse, que muitas vezes é revertido com tratamento para a condição emocional e o tratamento clínico capilar para a queda transitória dos fios, até hereditária, a chamada calvície androgenética e, nesses casos, geralmente, o implante capilar é o procedimento mais adequado para cobrir a área onde há queda. Temos visto no nosso dia a dia no Grupo Speranzini um aumento significativo da queixa de queda de cabelo pós Covid-19, condição aliada ao stress a que o corpo é submetido para combater a doença.

4)Quais produtos se devem usar para tratar o cabelo para evitar a queda?

Atualmente existem diversas opções disponíveis no mercado, porém nem sempre eficazes. O importante é obter-se diagnóstico preciso com um médico especialista em tricologia, apto a identificar as causas da queda de cabelo para, então, indicar o melhor tratamento para cada caso. Costumo dizer que não há uma receita de bolo. Cada caso é um caso.

Para se ter uma ideia, pode-se recomendar suplementos manipulados via oral, shampoos específicos para queda capilar, medicamentos como a finasterida e o Minoxidil, este último de uso tópico ou oral, e outros medicamentos formulados ou não a depender da causa da perda de cabelos.

Atualmente temos notado excelentes resultados com tratamentos especializados como o Microagulhamento Capilar, Fototerapia e PRP. Microagulhamento Capilar : Trata-se de uma técnica que utiliza micro agulhas vibratórias que perfuram o couro cabeludo, causando mínimos ferimentos que estimulam a circulação sanguínea, ao mesmo tempo em que injeta substâncias (vitaminas e medicamentos) para estímulo do crescimento de novos fios de cabelo e engrossamento dos fios existentes.

A Fototerapia e Laser, associada a medicamentos de uso oral e tópico de uso domiciliar ou em consultório, estimula o crescimento dos fios através da luz de led irradiada por boné, capacete, faixa ou escova. O tratamento acelera o crescimento dos fios e diminui a queda dos cabelos.

O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) consiste na centrifugação de uma pequena quantidade de sangue do indivíduo. Depois do procedimento, é possível obter uma maior concentração de plaquetas. As plaquetas representam o componente mais importante quando o objetivo é promover a cicatrização, apresentando propriedades anti-inflamatórias e regenerativas. O plasma coletado é então injetado nos folículos pilosos. Em casos acompanhados por médicos norte-americanos, os pacientes deixaram de perder cabelos e os folículos aumentaram em espessura. Além disso, observaram o reaparecimento de fios que estavam em estado de latência.

5)Quando é hereditário?

A queda capilar hereditária é aquela que é passada através dos genes, por isso é conhecida como calvície androgenética. Geralmente, os casos de hereditariedade são resolvidos por meio do transplante capilar.

6)Quanto tempo leva o processo de transplante capilar?

A cirurgia costuma durar de 5 a 10 horas, em nossa prática usamos a anestesia local com sedação leve, portanto o paciente já vai para casa logo após o término da cirurgia.

7) Depois de realizado o processo, o que se deve fazer para tratar o cabelo no pós-operatório?

É muito importante que o paciente retorne à clínica para as avaliações do pós-operatório para que o médico acompanhe a evolução do procedimento. Nos primeiros 3 dias recomenda-se o uso de shampoo neutro, depois pode-se voltar a usar o shampoo de costume ou o que fizer parte do tratamento clínico para queda capilar, muito recomendado para retardar a queda dos fios de cabelos que já estão condenados e acelerar o crescimento dos fios transplantados.

8)Para lavar a cabeça leva quanto tempo?

Já é possível lavar a cabeça no dia seguinte à cirurgia. Durante o banho o paciente deve retirar o curativo da cabeça e lavá-la com cuidado, sem esfregar. Pode usar xampu neutro, com água morna ou fria.

9)Você teve algum cliente que teve o resultado não satisfatório?

Um cuidado muito grande que temos com nossos pacientes é de alinhar a expectativa de cada um, porque o sucesso do transplante capilar depende muito da relação entre a quantidade e qualidade da chamada área doadora, de onde os fios serão retirados e o tamanho da área calva. Se a área calva for muito extensa e a área doadora exígua, pode não ser possível a total cobertura da área calva. Cada paciente é analisado de forma individual e esclarecido sobre as suas condições para o sucesso da cirurgia. Importante também explicar a importância do tratamento clínico capilar associado ao transplante capilar, já que a calvície é progressiva.

Quando o paciente entende as suas condições reais e todo esse processo costuma ficar satisfeito, mesmo que não haja a total cobertura da área calva, pois sempre há melhora do quadro inicial.

10)No caso de procura é mais público feminino ou masculino?

O implante capilar é mais procurado em sua grande maioria por homens. Há casos de mulheres também, mas são procedimentos de menor tamanho e muitas vezes o tratamento clínico para elas costuma ser mais indicado

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