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27 agosto, 2021

Malagheta Rock Tribal

Malagheta Rock Tribal

Jade Skrabe vocalista da banda Malagheta Rock Tribal - Divulgação

O grupo Malagheta  é uma mistura de ritmos tribais com rock , unido com melodias fortes e letras sobre o empoderamento do Sagrado Feminino.Composto pelo quarteto, a vocalista e compositora Jade Skrabe, o percussionista Marcelo Azevedo, o violinista e guitarrista Rob Sammore e o baterista Eduardo Felgar.

Lançaram recentemente no mês de agosto o segundo single Rock Tribal na Kiss FM Campinas, no Programa Autoridade Autoral, apresentado por Nino Fonseca, das 17h às 18h.

Estão com planos de lançar o álbum ritual com show online, com uma coleção de mantras e canções tribais de diversas regiões do mundo, uma homenagem ao Sagrado Feminino.O show será exibido no canal  Malagheta Rock Tribal, com data marcada,  para o dia 22 de setembro, às 22h.

Em entrevista:

1)Qual a origem do nome do grupo Malagheta?

Nós já estávamos procurando um nome e fizemos uma lista imensa de opções, porém nenhuma sugestão daquela lista nos agradou. Depois de uns 3 dias, estávamos ensaiando e eu estava cantando uma canção mexicana folclórica chamada Malaguenha Salerosa que fala sobre a beleza dos olhos de uma feiticeira. Eu e Marcelo procuramos um nome forte para o trabalho e durante a execução da música fizemos o link com a pimenta malagueta. Foi incrível, tivemos a certeza de que este era O NOME, trocamos o U pelo H para diferenciar da palavra original e adoramos o resultado

2)Como vocês se conheceram ?

Eu estava cantando num pub e Marcelo chegou para tomar uma cerveja sentado numa mesa em frente ao palco e não parou de me olhar até o momento do intervalo quando veio falar comigo, elogiou a minha voz e nos beijamos. Namoramos. Casamos. Trabalhamos juntos na praia de Guaratuba no Paraná durante 3 meses. Este foi o período em que fizemos uma imersão nos ritmos primitivos e criamos o conceito do estilo misturando esses ritmos ao rock. Compusemos canções. Rob Sammore, guitarrista e violonista, se uniu ao trabalho posteriormente quando já estávamos morando em Campinas. Conhecemos ele no estúdio Haze Garden onde gravamos o Programa Malagheta in Rock onde atuavam na época como apresentadores e que recebeu um prêmio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. O baterista Eduardo Felgar acaba de entrar no grupo. No momento estamos em busca de um baixista.

3)Quando iniciou a carreira de cada integrante do grupo Malagheta?

Eu, Jade Skrabe canto profissionalmente desde os 16 anos, e trabalho exclusivamente com arte desde aquela época, então são 30 anos de carreira dedicada à música. Cantei em várias bandas de blues, rock, jazz e mpb, fiz inúmeros shows em grandes casas de shows, teatros e também acústico de voz e violão em pubs, eventos e bares. Dei aula de musicalização infantil e Técnica Vocal. Marcelo além de cineasta também sempre foi músico e produtor executivo produzindo bandas de Curitiba. Quando nos conhecemos foi apenas uma questão de tempo para começarmos a trabalhar juntos. Como percussionista profissional ele iniciou em 2016, junto com a carreira do Malagheta. Rob Sammore começou tocando piano quando tinha 12 anos, depois migrou para a guitarra desde 1996. Além de ser também professor de música, teve várias bandas, é técnico de som e editor de audiovisual. Apresenta o Programa Rock Night Live no canal Rock Night Live na plataforma Youtube entrevistando bandas autorais da região de Campinas.

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4)Me fale sobre as suas composições ?

Eu gosto muito de misturar ritmos tribais com rock e a estes ritmos unir melodias que lembram MPB, jazz, blues e rock com melodias fortes e letras sobre empoderamento e o Sagrado Feminino.

Na figura da Bruxa, personagem que eu represento, trabalhamos canções que motivam mulheres a assumirem seu papel de relevância e liderança na sociedade, como pessoas livres e donas de si e dos seus caminhos.

Outro objetivo que eu tenho é promover e aguçar o gosto pela música tribal dos ancestrais, com ênfase nas matriarcas da humanidade.

As minhas músicas são todas inspiradas na batida do tambor porque este foi o primeiro instrumento criado pelas mãos da humanidade, simbolizando o coração da Mãe Terra, pulsando e exigindo à humanidade que honre suas Mulheres como geradoras da vida e a natureza sagrada, todo o ecossistema do planeta, clama por justiça, queremos fazer parte deste despertar para uma nova era de respeito aos sistemas naturais, ao corpo da mulher, à ecologia e a importância do útero como o laboratório que gera vida. Toda Mulher é Sagrada, e a humanidade jamais deveria ter esquecido disso. Quero com a minha música ajudar a recolocar as coisas em seus devidos lugares.

A minha intenção é aproximar jovens e adultos de todas as classes sociais e gêneros da música tribal que é uma ponte sagrada para os primórdios do DNA do ser humano, em contraponto ao excesso de tecnologia a que somos submetidos todos os dias. Voltar ao início, para refazer tudo de novo, expandir a mentalidade saudável e equilibrada entre masculino e feminino, yin-yang, luz e trevas, consciente e inconsciente, uma nova era onde os seres humanos se respeitam além de seus gêneros, também respeitam a Mãe Natureza e a natureza de cada um.

A ideia é causar um forte impacto que virá da reflexão sobre a importância da música através da história, unida ao viés do empoderamento feminino, matriarcas e ecologia. A cultura primitiva vem sendo redescoberta empolgantemente pelas novas gerações e o som básico, rústico e ancestral do tambor une todas as etnias. Demonstrando claramente que todos somos um. Viemos todos de um único DNA ancestral. Tão importante quanto isso é o diferencial da linguagem debochada que eu gosto de usar pois ela revela e enaltece vários estilos de empoderamento feminino, utilizando o arquétipo da Bruxa e criando um link de aprendizado comportamental para mulheres de todas as classes sociais, etnias e idades.

Mulheres inteligentes, criativas, que se consideraram livres, sempre existiram porém em um momento torpe da história, marcado por dominação patriarcal e violência contra as mulheres, estas sábias foram caçadas e queimadas na fogueira, seus conhecimentos sobre chás, ervas, conhecimentos diversos sobre alquimia e o corpo humano foram roubados. Elas foram presas, amordaçadas, feridas, torturadas, violentadas, maltratadas de todas as formas vis, por simplesmente ousarem exercer sua liberdade, em um tempo antigo em que apenas a palavra e o querer do homem era respeitado. Infelizmente, até hoje, existem marcas persistentes e consequências desta brutal dominação. Até hoje algumas mulheres pensam que devem ser submissas aos homens, que devem ser suas serviçais, parideiras, cozinheiras e enfermeiras da família. Agora está mais do que na hora de resgatarmos a Honra e o Poder de ser mulher. Além de serem tão capazes quanto os homens em diversas funções, e até melhor que em algumas outras, o útero é o laboratório mais complexo que existe na face da Terra. E são as mulheres que o carregam . O ventre da mulher é a oficina onde se gera vida humana. Mulheres são sábias, são fortes, são capazes e destemidas. Queremos encorajá-las a subirem o mais alto que puderem, a usarem sua liberdade para irem para onde quiserem, com a roupa que quiserem, até nuas se quiserem, basta de dominação patriarcal. As minhas músicas falam sobre isso.

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5)Meta 2022 ?

Vamos lançar o álbum Carnívora em 2022. Almejamos popularizar o segmento, criando novas plateias para este estilo de música que carrega a história da humanidade em sua variedade de ritmos.

A música tribal é uma ponte sagrada para os primórdios do DNA do ser humano. E elaboramos este conceito para fazer justamente o contraponto provocativo ao excesso de tecnologia a que as pessoas são submetidas todos os dias.

O tambor ( aqui representado pelo Djembê), foi o primeiro instrumento de música e comunicação criado pelas mãos do homem. Representa o Coração da Mãe Terra pulsando e pedindo à humanidade que honre suas Mulheres como seres sublimes, geradoras da vida, mostrando que toda natureza é sagrada, todo o ecossistema do planeta, clama por justiça. Queremos fazer parte deste despertar para uma nova era de respeito aos sistemas naturais, ao corpo da mulher, à ecologia e a importância do útero como o laboratório que gera vida. Toda Mulher é Sagrada, e a humanidade jamais deveria ter esquecido disso.

6)Sobre as suas referências na música , você gostaria de dividir palco com algum cantor nacional e Internacional?

Minhas referências mais fortes são Janis Joplin, Cássia Eller, Raul Seixas, Tim Maia, Elis Regina, Amy Winehouse, Jim Morrison e Chico Science, todos já estão em outro plano, mas continuam atuando na minha alma de compositora. No mundo dos vivos, eu gostaria imensamente de cantar com Ivete Sangalo, Iza, Lady Gaga, Pink, Rihanna, Madonna, Djavan e Duda Beat. Já cantei com Oswaldo Montenegro e Caetano Veloso e namorei o Alexandre Nero (ator da Globo, cantor e compositor, na época em que ele era músico de boteco como eu em Curitiba ahahaha)

7)Você tem metas de tocar no exterior?

Sim! Estamos preparando tudo para irmos à Europa fazer uma turnê por lá é meu sonho desde criança, quando comecei a cantar. Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália também são lugares para os quais pretendo levar o rock tribal.

8)A pandemia atrapalhou vários artistas em termos de show, como ficou o grupo sem poder fazer shows durante quase dois anos?

Nós nos reuníamos para ensaiar no estúdio regularmente para manter acesa a chama da banda, produzir e também conversar sobre os passos seguintes após a retomada dos trabalhos. Durante a pandemia produzimos um show que será lançado no próximo mês, dia 22 de setembro, às 22h no canal Malagheta Rock Tribal. Para este show, enxugamos o grupo, nos transformando em um trio para mostrar mantras de diversos lugares do mundo, sempre com foco no Sagrado Feminino. Esta produção foi possível graças ao apoio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Em 2021 eu recebi pelas minhas realizações em 30 anos de carreira o Prêmio NEIDE RODRIGUES GOMES” DE PATRIMÔNIO IMATERIAL, CULTURA POPULAR, TRADICIONAL E URBANA me destacando como cantora e compositora revelação no Estado de São Paulo, o que me deixou muito honrada, satisfeita e motivada a continuar no caminho da arte.

9)Oq vcs tiram de ensinamento através das músicas e qual conselho vocês dão para aqueles que sonham em ter uma carreira musical ?

A música nos ensina a ter harmonia. Nos ensina matemática, pois a afinação tem que ser precisa. Nos ensina a deixar fluir nossos sentimentos e desejos através de melodias doces, alegres, melancólicas ou esperançosas. Nos ensina a amar a poesia da vida com suas letras de duplo sentido, assim como é o ser humano e sua dualidade. Nos ensina a ter ritmo. E a trabalhar em equipe, pois todos tem que estar tocando a mesma obra para fazer sentido.

Quem sonha em ter uma carreira musical tem que abdicar de muitas horas de lazer e com a família. É um sacrifício imenso, muita dedicação, muitos estudos, pesquisa, noites mal dormidas. Tem que ter coragem. Determinação. Garra. Vontade. E muito, mas MUITO tesão pelo trabalho. Por isso é tão importante você fazer algo VERDADEIRO que reflita quem você realmente é, tem que ter uma mensagem, uma sabedoria, uma provocação. Nada de seguir fórmulas ou copiar o estilo de alguém. E também é bom estudar bastante para desenvolver uma linguagem porque as pessoas estão sedentas de novidades. Também é preciso proatividade, resiliência, liderança e muito, MAS MUITO AMOR MESMO!! Agradeço ao Universo todos os dias por ter me concedido a honra de ser uma representante da música, da arte e das palavras. É uma verdadeira benção fazer parte de algo tão belo, tão sublime e tão majestoso. A arte é a cereja do bolo da humanidade.

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