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13 abril, 2021

 Moda & Comunicação: que história sua marca tem para contar?

Uma vez que a ressignificação das coisas conquista espaço e desponta como principal tendência, o ato de comprar não está apenas atrelado à publicidade no sentido literal da palavra.

(Photo imagem:Marcéli Paulino)

Se analisarmos o cenário geral que estamos vivendo, todos os setores estão passando por mudanças radicais e essas mudanças, mais do que nunca, têm ocorrido de forma rápida e constante. 

O lançamento de uma novidade criada, em instante, pode se tornar completamente obsoleta em questões de segundos. Por sua vez, uma ideia considerada simples pode se tornar a sensação do momento e viralizar num piscar de olhos. 

Isso porque, com a popularização da internet e das inúmeras mídias sociais que surgiram nos últimos anos, o consumidor se tornou protagonista.

Uma vez que a ressignificação das coisas conquista espaço e desponta como principal tendência, seja na vida, na moda ou na comunicação, o ato de comprar não está apenas atrelado à publicidade no sentido literal da palavra.

“Foi-se o tempo em que a publicidade determinava a venda de um produto ou serviço. Hoje as pessoas estão cada dia mais exigentes e isso tem refletido na forma como a empresa se posiciona no mercado. Por isso é indispensável que ela [empresa] saiba contar sua história de tal forma a ponto de envolver o público. Neste sentido, humanizar produtos e processos é determinante e fator chave para o sucesso de uma marca”, explica a consultora e fundadora da GirlBoss Empreendedora, Tânia Gomes Luz.

(Photo imagem:Free Pixabey)

Para as gerações anteriores a meta principal de vida era o dinheiro, trabalhar para comprar, hoje as razões são outras. Cada vez mais as pessoas buscam propósitos de vida e é justamente essa nova forma de pensar a vida e buscar as ‘coisas’ que têm ressignificado tudo. 

Para a jornalista de moda e consultora de imagem, Marcéli Paulino, as pessoas estão mais conscientes. “Percebo que o cliente está mais criterioso no momento da compra. As pessoas estão querendo saber qual o papel que aquela marca, que ela está comprando, assume na sociedade. Uma coisa é fato, roupa é expressão, ou seja, as roupas e os acessórios que usamos expressam exatamente a forma como nos vemos e a forma como gostaríamos de sermos vistos e tratados”, finaliza.

Hoje, vendo toda essa transformação que a pandemia tem causado no mundo, as pessoas passaram a dar o devido valor aos momentos e têm se importado mais por coisas que de fato merecem nossa atenção. Por isso, as marcas precisam buscar, exatamente, o que as pessoas estão buscando, pois elas compram por identidade. 

(Silvia Barbosa-Divulgação)

Contudo, vale lembrar que essas transformações e mudanças de pensamento não são exclusivas do momento atual, podemos falar aí em, aproximadamente, dez anos de longas transformações tanto na comunicação quanto na moda e demais setores. 

No que diz respeito ao relacionamento cliente e comunicação com a marca o cenário era completamente outro. Na verdade, era muito distante do cliente. 

Diretora da empresa La Femme, referência no segmento de calçados flats com pedrarias no Brasil, Silvia Barboza aponta, “Tempos atrás as marcas se criavam e se comunicavam com elas mesmas, não tinhamos a relação que temos hoje com o público consumidor. O empresário não tinha o entendimento de: Quem é meu cliente? O que ele pensa sobre o meu produto? O que ele deseja ou o que ele sente falta? Esse entendimento não vinha de nenhuma área de comunicação da empresa, começando até mesmo pela área comercial e publicitária”, conclui a empresária da marca.

Felizmente o cenário hoje é outro. O surgimento de novas ferramentas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) contribuiu para essas mudanças. Todas as tecnologias desenvolvidas, o surgimento de novos meios de comunicação e diferentes redes sociais contribuíram para a aproximação da marca com seu público. O surgimento de novas redes sociais e a presença das marcas e seus públicos nelas foram determinantes para o processo.

Para a fundadora da GirlBoss Empreendedora, não adianta a empresa ter um produto maravilhoso e uma história incrível se ela não for bem contada. “De nada adianta ter um produto ou serviço esplendoroso e uma história linda se ela não for contada corretamente, é preciso mais. O empresário de hoje precisa, necessariamente, ter um plano de comunicação bem estratégico e consolidado para ter sucesso, caso contrário estará fadado ao fracasso”, finaliza a empresária.  

Sem dúvida alguma, estamos vivendo um momento bastante interessante no mercado de Moda e Comunicação, pois trata-se de um setor socialmente de comportamento. E isso muda tudo! Muitos negócios de moda atuais são totalmente diferentes dos que conhecíamos décadas atrás, o que muda é que hoje são propostos para um novo comportamento.

(Tânia Gomes Luz-Divulgação)

La Femme:


A La Femme é referência no segmento de calçados flats com pedrarias no Brasil. Com um parque fabril de 2.500 m², a marca produz para mais de 1.000 lojas multimarcas em todos os estados do Brasil e no mundo, como África do Sul, Bolívia, Colômbia, República Dominicana,  Equador, Emirado Árabes Unidos, Estados Unidos, Paquistão e Paraguai. Com produção diária de 1.500 pares, a La Femme já produziu e distribuiu mais de 3,5 milhões/pares no mercado nacional e internacional.

 

Marcéli Paulino é formada em Jornalismo de Moda pelo IED SP, em “Fashion Communication” na Central Saint Martins, em Londres, Marketing Digital pelo SENAC e Consultoria de Imagem na Udemy, pelo curso da Paula Martins. Atualmente, é empreendedora e autora do LINDIZZIMA BLOG por Marcéli Paulino. A profissional conta com uma rica experiência com Deborah Bresser, Silvana Holzmeister e Lula Rodrigues, cobrindo todas as semanas de moda importantes do país desde 2011 – SPFW, Fashion Rio, Senac Rio Fashion Business e Minas Trend Preview, entre outras, e tem passagem por sites como IG Moda, Universia e Moda TV Tribuna. Marcéli ainda conta com conhecimento em Vitrinismo, Estamparia, Fotografia e Coloração Pessoal.

 

Tânia Gomes Luz, Conselheira e Estrategista de digital branding. Founder da GirlBoss, com mais de 10 anos de carreira, a profissional teve grandes cargos de destaque no meio empresarial, foi CEO da 33&34 Shoes, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS), Infracommerce, underDOGS, Maplink, entre outras. Atualmente, Tânia não se limita apenas a gerenciar empresas. Além de empresária e palestrante, a profissional é Conselheira do Comitê de Inovação da Associação Comercial de São Paulo, Digital Branding Professor na Be Academy e Board Advisor, Living Lab MS. Entusiasta e pesquisadora nas áreas de branding, cultura digital e startups.

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