- Quero Notícia

Breaking

Rádio

12 março, 2021

 Mostra de Cinemas Africanos realiza edição especial em parceria com Cineclube Mário Gusmão  

Programação  acontece de forma online, gratuita e apresenta filmes africanos contemporâneos e inéditos no Brasil

(Descobrindo Sally (2020),de Tamara Dawit(Etiópia)- Divulgação)

Entre os dias 12 e 22 de março de 2021 acontece a edição especial da Mostra de Cinemas Africanos junto ao Cineclube Mário Gusmão, projeto de extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Composta por filmes africanos contemporâneos, muitos inéditos no Brasil, a programação inclui a exibição de sete documentários em longa-metragem e 14 curtas de ficção, todos legendados em português e disponíveis apenas em território brasileiro. A exibição dos filmes acontece de forma online e gratuita, em parceria com a Spcine Play, única plataforma pública de streaming do Brasil. Maiores informações no site mostra cinemas africanos.com.

Os filmes de longa-metragem ficam disponíveis a partir das 19h. por 72h, após sua data de estreia e têm limite de visualizações específicas para cada título. Já os curtas (divididos em três programas) ficam disponíveis no mesmo horário, a partir das respectivas datas de estreia até o fim da Mostra e sem limite de visualizações. A curadoria de longas é assinada por Ana Camila Esteves e Beatriz Leal Riesco, idealizadoras da Mostra de Cinema Africanos.

"O recorte curatorial de toda a Mostra atende à demanda por promover o contato com as estéticas e narrativas presentes na cinematografia africana contemporânea, ainda pouco conhecida pelo público brasileiro”, destaca Ana Camila Esteves. Além dos filmes, a programação conta com comentários de especialistas nos três programas de curtas, uma mesa redonda sobre o documentário nos cinemas africanos contemporâneos e a produção de um catálogo com apresentações dos filmes e textos de convidados.

Esta edição especial da Mostra de Cinemas Africanos tem realização da Ana Camila Comunicação e Cultura e Cineclube Mário Gusmão, com parceria da Spcine Play. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Documentários: Ativismo, crítica social e protagonismo feminino

Os longas selecionados têm foco absoluto em documentários da cinematografia africana contemporânea, todos inéditos no Brasil e produzidos em países como Quênia, Marrocos, Gana, Egito, Etiópia e República Democrática do Congo.

Os documentários giram em torno da ideia de ativismos africanos e traçam um breve panorama das formas contemporâneas de luta e resistência em diversos territórios do continente. Tanto no âmbito macro como no micro, as narrativas apresentadas oferecem ao público brasileiro um repertório atual sobre exercícios diários de lutas cotidianas, que vão desde enfrentamentos corpo a corpo na rua até investigações íntimas sobre o passado e a relação com diferentes gerações de uma família.

O filme de abertura, "Pare de nos filmar" ("Stop Filming Us") (2020) é um dos destaques da programação, que tem coprodução entre República Democrática do Congo e Países Baixos. Dirigido por Joris Postema, o documentário apresenta uma sofisticada autocrítica do exercício de filmar a África e os africanos e coloca em perspectiva diferentes olhares que ao final se perguntam: quem pode (nos) filmar? Outro destaque é "Softie" (2020), um dos filmes mais exibidos e celebrados em festivais internacionais em 2020, que segue a trajetória do jovem ativista queniano Boniface Mwangi a partir da relação com a sua família.

Narrativas íntimas e de mulheres potentes norteiam dois dos filmes da Mostra. Em "Descobrindo Sally" ("Finding Sally") (2020), a diretora Tamara Dawit decide descobrir a história de sua tia Sally, que morreu durante a revolução etíope após ter se tornado ativista em uma viagem de férias ao país. Já em "Vamos Conversar" ("Let’s Talk") (2019) a diretora Marianne Khoury explora junto com sua filha quatro gerações da sua família e reflete sobre como é ser mulher nesse micro espaço da sociedade egípcia contemporânea.

"Um Lugar sob o Sol" ("A Place Under the Sun") (2019) joga luz sobre os vendedores ambulantes no Marrocos e apresenta de forma sutil e sugestiva suas existências complexas e suas relações familiares, a dureza da vida na rua e o impacto do progresso em grandes cidades sobre esta parcela da população. Também em "Sakawa" (2018) observamos um questionamento sobre a forma de sobreviver na África contemporânea, através do longa dirigido pelo ganês Ben Asamoah, que desvenda e acompanha de perto um esquema de golpes via internet.

O longa que encerra a Mostra é o documentário queniano "Me Chamo Samuel" ("I am Samuel") (2020), que retrata o romance homoafetivo protagonizado por dois homens e as adversidades encontradas num país como o Quênia, cujas leis criminalizam qualquer um que se identifique como LGBTQI+.


Documentários: Ativismo, crítica social e protagonismo feminino


A curadoria de longas é assinada por Ana Camila Esteves e Beatriz Leal Riesco, idealizadoras da Mostra de Cinema Africanos, e tem foco absoluto em documentários da cinematografia africana contemporânea, todos inéditos no Brasil e produzidos em países como Quênia, Marrocos, Gana, Egito, Etiópia e República Democrática do Congo. Cada filme fica disponível por 72h na plataforma da Spcine Play a partir da data de sua estreia e há limites de visualizações específicos para cada filme (ver programação). 

Os documentários giram em torno da ideia de ativismos africanos, traçando um breve panorama das formas contemporâneas de luta e resistência em diversos territórios do continente. Tanto no âmbito macro como no micro, as narrativas apresentadas oferecem ao público brasileiro um repertório atual sobre exercícios diários de lutas cotidianas, que vão desde enfrentamentos corpo a corpo na rua até investigações íntimas sobre o passado e a relação com diferentes gerações de uma família.

O filme de abertura, Pare de nos filmar (2020) é um dos destaques da programação, que tem coprodução entre República Democrática do Congo e Países Baixos. Dirigido por Joris Postema, o documentário apresenta uma sofisticada autocrítica do exercício de filmar a África e os africanos, colocando em perspectiva diferentes olhares que ao final se perguntam: quem pode (nos) filmar? Outro destaque é Softie (2020), um dos filmes mais exibidos e celebrados em festivais internacionais em 2020, que segue a trajetória do jovem ativista queniano Boniface Mwangi a partir da relação com a sua família. 

Narrativas íntimas e de mulheres potentes norteiam dois dos filmes da Mostra. Em Descobrindo Sally (2020), a diretora Tamara Dawit decide descobrir a história de sua tia Sally, que morreu durante a revolução etíope após ter se tornado ativista em uma viagem de férias ao país. Já em Vamos Conversar (2019) a diretora Marianne Khoury explora junto com sua filha quatro gerações da sua família e reflete sobre como é ser mulher nesse micro espaço da sociedade egípcia contemporânea.

Um Lugar sob o Sol (2019) joga luz sobre os vendedores ambulantes no Marrocos, apresentando de forma sutil e sugestiva suas existências complexas e suas relações familiares, a dureza da vida na rua e o impacto do progresso em grandes cidades sobre esta parcela da população. Também em Sakawa (2018) observamos um questionamento sobre a forma de sobreviver na África contemporânea, através do longa dirigido pelo ganês Ben Asamoah, que desvenda e acompanha de perto um esquema de golpes via internet.

O longa que encerra a Mostra é o documentário queniano Me Chamo Samuel (2020), que retrata o romance homoafetivo protagonizado por dois homens e as adversidades encontradas num país como o Quênia, cujas leis criminalizam qualquer um que se identifique como LGBTQI+.

Programas de curtas: memórias, vivências e corpo-território

Serão exibidos 14 curtas-metragens organizados em três programas que ficam disponíveis até o final da Mostra de Cinemas Africanos, sem limite de visualizações. Cada programa estará disponível na plataforma da Spcine Play às 19h do seu dia de estreia. A curadoria dos curtas é assinada por Jamille Cazumbá, Ema Ribeiro e Álex Antônio, todos integrantes do Cineclube Mário Gusmão, e é resultado de um processo prático de formação em curadoria no âmbito do projeto. 

O primeiro programa de curtas, intitulado Memória: performatividades entre-tempos, reúne cinco filmes que exploram linguagens experimentais em torno de nuances da memória. O segundo, Vivências do novo e perspectivas do agora, explora a diversidade de experiências das infâncias e juventudes africanas contemporâneas. Já o terceiro, Corpo-território: transversalizando os espaços, apresenta narrativas que colocam em disputa diferentes noções de territorialidades quando falamos de África. Os filmes que compõem a programação de curtas são todos de ficção, incluindo quatro inéditos no Brasil: Ward e a Festa da Henna (Egito), Tab (África do Sul), Encrenqueiro (Nigéria) e Boa Noite (Gana) - este último integra a shortlist para indicação ao Oscar 2021.

Os programas de curtas estreiam respectivamente nos dias 13, 15 e 17 de março, e cada sessão contará com comentários de especialistas.

Como assistir aos filmes

Para assistir aos filmes é preciso entrar no site www.spcineplay.com.br e fazer um rápido cadastro na plataforma parceira Looke. Em seguida é só clicar na aba do site referente à Mostra de Cinemas Africanos e escolher o título desejado. Os filmes ficam disponíveis na plataforma exclusivamente durante o período da Mostra, dentro da programação, e somente em território brasileiro.


Sobre a Spcine Play

A Spcine Play (www.spcineplay.com.br) conta com mais 300 títulos, divididos entre filmes, séries e conteúdos exclusivos que podem ser acessados gratuitamente de qualquer lugar do Brasil até o dia 31 de março de 2021. No catálogo estão disponíveis raridades de grandes nomes do cinema brasileiro, como Hector Babenco, Zé do Caixão, Suzana Amaral, Helena Ignez, Tata Amaral e Ana Carolina. Há ainda filmes das principais mostras e festivais de cinema de São Paulo, como o Festival de Cinema Latino Americano e o Festival Mix Brasil. Destaque também para a estante da Mostra do Audiovisual Negro – Apan, que abriga 35 títulos atualmente.

SERVIÇO:

Mostra de Cinemas Africanos

Data: 12 a 22 de março de 2021

Onde: Spcine Play: www.spcineplay.com.br

Online e gratuito

Mais informações: www.mostradecinemasafricanos.com

Instagram: @mostradecinemasafricanos

Facebook: /mostradecinemasafricanos

PROGRAMAÇÃO:


12/03 (sexta): Pare de nos filmar (República Democrática do Congo, 2020) - 600 views


13/03 (sábado): Programa de curtas 1: Memória: performatividades entre-tempos. Filmes: Um cemitério de pombos (Nigéria), Invisíveis (Namíbia), Treino Periférico (Guiné Bissau), Bablinga (Burkina Faso), A lutadora de boxe (Senegal) - sem limite de views


14/03 (domingo): Softie (Quênia, 2020) - 600 views


15/03 (segunda)  Programa de curtas 2: Vivências do novo e perspectivas do agora. Filmes: Encrenqueiro (Nigéria), Perdendo  Minha Fé (Nigéria), Tab (África do Sul), Cabelo com Balanço (África do Sul), Boa Noite (Gana) - sem limite de views


Dia 16/03 (terça): Um Lugar sob o Sol (Marrocos, 2019) - 600 views


Dia 17/03 (quarta): Programa de curtas 3: Corpo-território: transversalizando os espaços. Filmes: Ethereality (Ruanda), Ward e a Festa da Henna (Egito), O Azul Branco Vermelho do meu Cabelo (França), Gagarine (França) - sem limite de views


Dia 19/03 (sexta): Sakawa (Gana, 2018) - 500 views


Dia 20/03 (sábado): Descobrindo Sally (Etiópia, 2020) - 500 views


Dia 21 (domingo): Vamos Conversar (Egito, 2019) - 400 views


Dia 22 (segunda): Me Chamo Samuel (Quênia, 2020) - 600 views

Nenhum comentário:

Postar um comentário