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16 março, 2021

 Março Lilás: Vírus do HPV está presente em pelo menos 70% dos casos de câncer de colo uterino

Vacinação em massa contra o vírus, aliada ao rastreamento e tratamento adequados, podem erradicar a doença do mundo até 2050

(Divulgação)

Além de celebrar a mulher, o mês de março traz um importante alerta para a saúde delas: a conscientização sobre o câncer de colo uterino. A campanha ‘Março Lilás’ visa combater este que, atualmente, é o tumor ginecológico mais frequente no país e o terceiro mais comum entre as mulheres. A principal causa do câncer do colo do útero é o vírus HPV, que pode ser combatido através da vacinação, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aliando a imunização ao rastreamento e tratamento adequados, este câncer pode ser erradicado do mundo até o ano de 2050. O Hospital do Câncer em Uberlândia, por meio da campanha #CuidarÉViver, neste mês compartilha informações sobre o tema em suas plataformas digitais e promove live com especialista para esclarecer sobre a doença.

O câncer do colo do útero é evitável e há chances de ser erradicado, como destaca o oncologista e coordenador médico do Núcleo de Projetos, Prevenção e Pesquisa em Câncer do Hospital do Câncer em Uberlândia, Dr. Rogério Araújo. “Recentemente a OMS, em acordo com 194 países, lançou uma estratégia global para erradicar o câncer de colo uterino no mundo composta por três pilares: vacinação contra o HPV, realização de exames de rastreamento como o papanicolau e, a execução do tratamento adequado. A combinação destas medidas pode reduzir mais de 40% dos novos casos e 5 milhões de mortes relacionadas à doença até 2050”, comenta o especialista que ainda reforça a importância da realização dos exames de rotina. “Mulheres levam anos para desenvolver o câncer de colo do útero, e mesmo em fases iniciais ele costuma ser silencioso, por isso a importância da realização dos exames ginecológicos, como o caso do papanicolau, que é recomendado ser feito anualmente a partir dos 25 anos. Através da avaliação é possível identificar alterações na células que podem evoluir para o câncer, já realizar o tratamento precoce e evitar a progressão para um tumor”, destaca o Dr. Rogério.

O especialista comenta ainda sobre outro pilar importante no combate ao câncer do colo do útero, a vacinação contra o vírus do HPV, que está presente em pelo menos 70% dos casos da doença. “O HPV é a principal causa deste tumor e a imunização é a melhor forma de reduzir o contágio pelo vírus. A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e é direcionada para meninas entre 9 e 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. É importante que os pais estejam atentos à vacinação, pois é mais eficaz nessa faixa etária, idade que se acredita que grande parte ainda não iniciou a atividade sexual e, sendo assim, não teve contato com o HPV”, orienta Dr. Rogério.   

Além da proteção de infecções sexualmente transmissíveis, evitando a contaminação pelo HPV, a prática de exercícios físicos, adoção de uma alimentação saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, são algumas das práticas que podem dificultar o desenvolvimento do câncer de colo de útero no corpo da mulher. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), somente esse ano é estimado que cerca de 17.000 novos casos sejam diagnosticados no país.

Em fases mais avançadas, o câncer de colo uterino pode provocar sintomas. É importante que mulheres fiquem atentas a sinais como corrimento vaginal alterado, dor durante a relação sexual, dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais, sangramentos vaginais anormais após a menopausa, fora do período menstrual, após a relação sexual ou menstruação prolongada.

Live esclarece sobre o câncer de colo uterino

Reforçando a proposta de ter a informação como principal aliada para conscientização sobre o câncer do colo do útero, o Hospital do Câncer em Uberlândia realiza nesta quinta-feira (18), às 16h, no perfil da instituição no Instagram (@hospcanceruberlandia), uma live com o cirurgião oncológico e mastologista do Hospital, Dr. Juliano Cunha. Na transmissão, o especialista vai comentar sobre formas de prevenção, tratamento, sinais, fatores de risco e tirar dúvidas sobre questões relacionadas à doença.


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