- Quero Notícia

Breaking

Rádio

16 março, 2021

 Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, e Bem-Te-Vi Produções apresentam:

RIO CHORO 2021

Esta sexta edição promove uma mostra competitiva aberta agora à votação popular


(Divulgação)

O 6º RIO CHORO 2021 — Mostra Virtual Competitiva recebeu 273 músicas inscritas, das quais foram selecionadas 48 semifinalistas para a fase aberta à votação popular. Todas as obras classificadas estão disponíveis no canal do Rio Choro no YouTube, onde o público pode curtir as composições de que mais gostar até o próximo dia 17. A música que obtiver mais “likes” ganhará o Prêmio Waldir Azevedo no valor de R$ 6 mil.

Além desse prêmio, o Rio Choro 2021 divulgará, no dia 19 de março, o Prêmio Aldir Blanc para o melhor choro-canção (choro com letra), também no valor de R$ 6 mil. Em seguida, serão escolhidos 12 finalistas, que concorrerão aos prêmios Ernesto Nazareth para o 1º colocado (R$ 12 mil), Pixinguinha para o 2º lugar (R$ 9 mil) e Jacob do Bandolim para o 3º (R$ 6 mil), a serem anunciados no dia 26 de março. Os outros nove finalistas receberão, cada um, R$ 1 mil.

A proposta do Rio Choro 2021 foi plenamente alcançada: divulgar o choro, a produção contemporânea, seus compositores e os músicos do gênero. Por isso, o compositor e saxofonista Mário Sève, idealizador da mostra, está feliz com o sucesso. “Como o edital é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, só eram permitidas inscrições de compositores que morassem no estado. Então, 273 composições é um ótimo número. E o melhor é a qualidade das músicas. Basta ouvir a playlist com os 48 semifinalistas que é possível perceber o alto nível das obras”, empolga-se Sève.

Puderam participar compositores com idade acima de 18 anos, residentes no Estado do Rio de Janeiro, com obras dos gêneros choro e valsa-choro, no formato de música instrumental ou canção (com letra em português). Entre os autores participantes, compositores do interior do estado e artistas mais conhecidos – não necessariamente no gênero choro – como os cantores Cláudio Nucci, Anna Paes e Alfredo Del Penho, o maestro Cristóvão Bastos, o trompetista Silvério Pontes, o sanfoneiro Marcelo Caldi, o violonista Zé Paulo Becker, o pianista Leandro Braga e o flautista Antonio Rocha.

Das 48 obras semifinalistas, 40 são instrumentais e oito são canções; 35 são de autores da cidade do Rio de Janeiro, sete de Niterói, duas de Cordeiro, uma de Valença, uma de Três Rios, uma de Teresópolis e uma de Nova Friburgo. Das 35 do Rio, 10 são de compositores que moram em Laranjeiras, cinco de Santa Teresa, três da Glória, três do Flamengo, três de Botafogo, dois da Lagoa, dois de Copacabana, dois do Catete, um da Tijuca, um do Méier, um do Leblon, um do Humaitá e um do Centro.

A esmagadora maioria de compositores é masculina. São 44 homens e apenas quatro mulheres. Já o mais jovem tem 29 anos; enquanto o mais velho, 74. Além disso, 36 músicas inscritas são de um único compositor; e 12, em parceria

As inscrições foram gratuitas e se encerraram no dia 14 de fevereiro de 2021. O anúncio dos 48 semifinalistas, escolhidos por uma comissão de jurados especialistas em choro (que só receberam as músicas sem saber seus autores), foi feito no dia 5 de março, quando foi aberta a votação popular pelo canal do Rio Choro no YouTube.

 

SOBRE OS HOMENAGEADOS


Ernesto Nazareth

Compositor fundamental na formação do que seria a música popular brasileira, nascido em 20 de março (mês das principais fases do Rio Choro 2021), Ernesto Nazareth (1863-1934) é o homenageado na primeira colocação do concurso. Além de lindas valsas, compôs tangos e polcas, que, mais tarde, reconheceríamos como gênero choro. O pianista é autor de clássicos como “Odeon”, que nos anos 1960 ganhou versos de Vinicius de Moraes, “Apanhei-te cavaquinho”, "Brejeiro" e “Coração que sente”, obrigatórios em qualquer roda de choro que se preze!

 

Pixinguinha

Compositor, flautista, saxofonista, arranjador. Este era Alfredo da Rocha Vianna, nosso Pixinguinha, responsável por definir a forma musical do choro e por fixar o uso da percussão na base com flauta, violão e cavaquinho. Seu grupo, Oito Batutas, ficou conhecido pela temporada musical em Paris, no ano de 1922. Sua canção mais popular é “Carinhoso”, que ficou engavetada por anos até ganhar letra de João de Barro, o Braguinha, e virar o sucesso que atravessa gerações. Pixinguinha é tão importante para o choro que o dia em que nasceu virou o Dia Nacional do Choro: 23 de abril. Entre suas obras mais populares, estão também “1x0”, “Rosa”, “Lamentos”, “Ingênuo” (sua preferida) e “Naquele tempo”.

 

Jacob do Bandolim

Um dos maiores expoentes do choro, Jacob do Bandolim foi um virtuose no instrumento que, de tão importante, foi incorporado em seu nome artístico. A importância de Jacob vai muito além de sua bela obra, que inclui pérolas como "Doce de coco", "Noites cariocas", "Assanhado", "Santa morena", "Vibrações" e "Receita de samba", só para citar algumas das mais tocadas por chorões de todas as nacionalidades e idades, para os quais é uma das mais relevantes influências. Como se não bastasse ser compositor produtivo e exímio instrumentista, Jacob foi grande intérprete de Ernesto Nazareth e de Pixinguinha – de quem era amigo –, fundador do Conjunto Época de Ouro e minucioso arquivista, registrando tudo o que era tocado nos saraus em sua casa.

 

Waldir Azevedo

Instrumentista virtuose, muito famoso e um dos maiores divulgadores do nosso choro, inclusive fora do Brasil, Waldir Azevedo é, por isso, o homenageado na categoria escolhida pelo voto popular. Quem não conhece seu famoso “Brasileirinho”, que já foi parar até em jogos olímpicos nas apresentações da ginasta Daiane dos Santos? Mas Waldir Azevedo – com seu cavaquinho único e original – tem seu nome gravado na história da música brasileira com obra ainda mais significativa, da qual se destacam também “Delicado”, “Pedacinho do céu” e “Carioquinha” – todos no repertório de chorões de todos os cantos do mundo.

 

Aldir Blanc

Um dos grandes letristas do nosso cancioneiro, Aldir Blanc virou nome da lei que destina recursos para artistas e profissionais da área cultural brasileira. Só isso já bastaria para ele ser homenageado pelo Rio Choro 2021, mas é bom destacar que Aldir também tem, em sua extensa obra musical, choros como “Choro pro Zé” e “Catavento e girassol”, dele e Guinga; “Choro das ondas”, com Moacyr Luz; “Santo Amaro”, com Franklin da Flauta; e “Bola Preta”, parceria póstuma com Jacob do Bandolim.

 

SOBRE O RIO CHORO


A primeira edição – 2000

Idealizado por Mário Sève, o Rio Choro foi criado em 2000. A primeira edição contemplou a então recente produção do gênero, reunindo a maior parte dos músicos envolvidos – intérpretes e compositores – para uma série de concertos no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Rio de Janeiro.

As obras dos “novos compositores” foram interpretadas pelos grupos Nó em Pingo D’Água, Galo Preto, Água de Moringa, Rabo de Lagartixa e Trio Madeira Brasil, e os instrumentistas Cristóvão Bastos, Armandinho, Zé da Velha, Silvério Pontes, Henrique Cazes, Andrea Ernest Dias e Bruno Rian.

Com produção de Mário Sève, o Rio Choro 2000 gerou um álbum de partituras com novos choros, que teve distribuição gratuita.

A segunda edição – 2001

Em 2001, a rica discografia contemporânea do choro inspirou a segunda edição do Rio Choro. Mais uma vez com produção e coordenação de Mário Sève, foi criada a série Rio Choro – Nova Discografia, que apresentou 18 concertos na Sala Baden Powell, em Copacabana, Rio de Janeiro.

Foram belas apresentações de Época de Ouro & Rildo Hora; Zé da Velha & Silvério Pontes; Altamiro Carrilho; Déo Rian; Paulo Sérgio Santos com participação de Joel Nascimento; Maurício Carrilho e Arranca Toco; Pedro Amorim e Luciana Rabello; Álvaro Carrilho e Índio do Cavaquinho; Mário Sève & Marcelo Fagerlande com Quinteto Pixinguinha; Henrique Cazes & Marcello Gonçalves com Zé Paulo Becker; Gilson Peranzzetta com participação de Guinga; e Nó em Pingo D'Água & Cristóvão Bastos.

Uma festa para os chorões!

A terceira edição – 2002

Os grupos de choro foram o destaque do Rio Choro 2002, que contou com shows envolvendo artistas de várias gerações e a exposição fotográfica “Os Regionais”, sobre a história dos grupos de choro.

Foram 12 shows dos mais expressivos conjuntos de choro (ou que tinham o choro em sua base), de quinta a domingo, no mês de julho, na Sala Baden Powell, em Copacabana, Rio de Janeiro. A exposição – com curadoria de Sérgio Prata – foi no foyer da casa.

A programação incluiu Água de Moringa, Novo Quinteto, Conjunto Época de Ouro, Galo Preto, Trio Madeira Brasil com Beto Cazes, Nó em Pingo D'Água, Pagode Jazz Sardinha's Club com Mestre Zé Paulo, Quarteto Maogani, Abraçando Jacaré, Conjunto Sarau com Mário Sève e David Ganc, Rabo de Lagartixa com Leandro Braga e Choro na Feira.

A quarta edição – 2003

Em 2003, já consagrado como um dos principais musicais da cidade do Rio de Janeiro, o Rio Choro jogou luz sobre os instrumentos característicos do gênero e seus respectivos mais importantes intérpretes.

Assim, tivemos apresentações de Altamiro Carrilho, destacando a flauta, instrumento também dos compositores Joaquim Callado, Viriato, Pixinguinha e Benedito Lacerda; Jorginho do Pandeiro e Celsinho Silva com o pandeiro na obra do trio Pixinguinha, Donga e João da Baiana; Zé da Velha e Silvério Pontes, armados com seus trombone e trompete, tocando obras de Bonfiglio de Oliveira, Porfírio Costa, Candinho e Carioca; os cavaquinhos de Luciana Rabello e Márcio Almeida (Hulk) interpretando choros de Waldir Azevedo, Jonas Silva, Paulinho da Viola e Esmeraldino Salles; Paulo Moura no clarinete apresentando músicas de Abel Ferreira, Luiz Americano, Severino Araújo e K-Ximbinho; Toninho Ferragutti e seu acordeão reverenciando Luiz Gonzaga, Sivuca e Orlando Silveira; Hamilton de Holanda e Joel Nascimento chorando com seus bandolins em obras de Jacob do Bandolim, Luperce Miranda e Cincinato; os violões de Guinga e Turíbio Santos nos acordes de João Pernambuco, Dilermando Pinheiro e Garoto; Antonio Adolfo ao piano apresentando obras de Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Tom Jobim e Radamés Gnattali; e Mário Sève e Daniela Spielmann passeando com seus saxofones por choros de Pixinguinha, Abel Ferreira, Luiz Americano e K-Ximbinho.

Tudo isso em dez dias de shows no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.

A quinta edição – 2004

Para comemorar a quinta edição, em 2004, o Rio Choro foi para a rua, com apresentações gratuitas, mais uma vez sob a coordenação de Mário Sève.

No dia 1º de maio, quatro praças da Zona Sul carioca foram palco de uma espécie de "maratona do choro", com apresentações de manhã e à tarde. Enquanto o Tira Poeira se apresentava às 11h, na Praça Antero de Quental, no Leblon, o Nó em Pingo D'Água animava o público na Praça do Leme. E às 15h30, os fãs do choro tiveram que escolher entre assistir ao show do Rabo de Lagartixa na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, ou ao do Conjunto Sarau, no Largo do Machado.

Uma ótima oportunidade para divulgar melhor o choro, formar plateia e conquistar novos fãs.

 

SOBRE OS REALIZADORES

 

Mário Sève – curador e diretor do Rio Choro

Saxofonista, flautista e compositor, Mário Sève é fundador dos quintetos Nó em Pingo D'Água e Aquarela Carioca. Integra o grupo de Paulinho da Viola. Foi diretor do Centro de Referência da Música Carioca. É mestre e doutor em música. Ministrou oficinas de música no Brasil e no exterior. Escreveu os livros “Vocabulário do Choro”, “Songbook Choro” e “Choro Duetos”. Gravou os CDs “Bach & Pixinguinha”, “Choros, por que sax?”, “Pixinguinha + Benedito” e “Casa de Todo Mundo”. Junto a Cecilia Stanzione, lançou o DVD “Samba errante” e o CD “Canción necesaria”. Produziu o CD “A paixão segundo Catulo”. Mário Sève dirigiu: Festival Rio Choro 2000 – “Novos compositores”; Rio Choro 2001 – “Nova Discografia”; Rio Choro 2002 – “Grupos”; Rio Choro 2003 – “Instrumentos”; Rio Choro 2004 – “Maratona do Choro”, para a SMC-RJ; Série MP, A e B — Argentina e Brasil (2011), para o CCBB; “Encontros virtuais” (2015); e “A paixão segundo Catulo” (2016), para o CCBB.

 

José Schiller – diretor geral

Músico, produtor e diretor de programas para a TV Educativa e TV Brasil de 1980 a 2015. Produtor das séries “Concerto das Américas”, “Américas em Concerto” e “Música nas Américas”. Produziu apresentações musicais em estúdio e em teatros. Coordenador do Núcleo de Imagem e Som da UNIRIO, responsável pelos programas para o Canal Universitário da NET-Rio, de 1999 a 2013. Diretor das gravações e editor dos DVDs “Quadros de uma alma brasileira”, “Motetos de Bach” e “Ofício 1816 & Missa Pastoril” com a Cia. Bachiana Brasileira; e “Noel Rosa 100 anos”, com Gilson Peranzzetta, Mauro Senise e Quarteto Bessler. Diretor da gravação das XX e XXI Bienais de Música Brasileira Contemporânea para o Instituto Nacional de Música, Funarte. Produtor executivo do “ABSTRAI ensemble” desde 2016. Coordenador de Música de Concerto da Funarte de 2017 a 2019, responsável pelas XXII e XXIII Bienais de Música Brasileira Contemporânea e pela 1ª Bienal de Música e Cidadania, entre outras políticas públicas para a música.

 

FICHA TÉCNICA


6º Rio Choro 2021 - Mostra Virtual Competitiva

Direção do festival: Mário Sève

Direção geral: José Schiller

Produção executiva: Antonio Cerdeira | Cultura & ARTE

Coordenação administrativa: Anacris Monteiro | Ouro Verde Produções

Comunicação integrada: Sheila Gomes e Carla Paes Leme

Produção: Bem-Te-Vi Produções

Apoio: Cultura & ARTE Projetos e Ação Cultural, Ouro Verde Produções

Patrocínio: Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio da Lei Aldir Blanc.

  

SERVIÇO


6º RIO CHORO 2021 – Mostra Virtual Competitiva

Votação popular aberta até dia 17 de março, no YouTube: www.youtube.com/riochoro/playlists

Redes sociais (Facebook e Instagram): @riochorooficial



Nenhum comentário:

Postar um comentário