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04 março, 2021

 Companhia de Teatro Heliópolis realiza debates sobre Cárcere, projeto que celebra os 20 anos do grupo

Juliana Borges, Salloma Salomão, Roberto da Silva e Preta Ferreira são as personalidades convidadas para falar sobre o tema.


(Divulgação)

Cárcere - Aprisionamento em Massa e Seus Desdobramentos é o novo projeto da Companhia de Teatro Heliópolis, elaborado para comemorar os 20 anos que o grupo completou em 2020. Como parte das atividades de pesquisa, que resultará na montagem de um espetáculo com estreia prevista para o início do próximo ano, a companhia realiza quatro rodas de conversa online, tendo um palestrante convidado a cada evento.


Os encontros acontecem às sextas-feiras do mês de março, às 19 horas, pela plataforma Google Meet com mediação da jornalista e crítica teatral Maria Fernanda Vomero e participação dos integrantes da Companhia de Teatro Heliópolis. Os interessados em participar devem se inscrever aqui.  

Para iniciar a série de debates, o grupo convidou a escritora e estudiosa de política criminal Juliana Borges (5/3). Na sequência, os encontros são com: Salloma Salomão (12/3), compositor, educador, ator, dramaturgo e doutor em história; Roberto da Silva (19/3), pedagogo e doutor em educação e livre docente em pedagogia social; e Preta Ferreira (26/3), multiartista, abolicionista penal, ativista do Movimento Sem Teto do Centro.

Situada na segunda maior favela da América Latina, a Companhia de Teatro Heliópolis tem sua pesquisa cênica focada na realidade e nas identidades presentes no universo de Heliópolis, favela com altos índices de criminalidade, sendo um dos bairros mais violentos da cidade de São Paulo. O atual trabalho dá continuidade ao processo de pesquisa anterior, Justiça - O que os Vereditos Não Revelam, que resultou no espetáculo (IN)JUSTIÇA, indicado aos prêmios Shell e Aplauso Brasil, também eleito como um dos melhores espetáculos do ano pelo Guia da Folha e Divirta-se/Estadão.

O projeto Cárcere tem por objetivo investigar, ao longo de 16 meses, a indústria do cárcere, refletindo sobre sua serventia e sobre os interesses a ela relacionados, bem como lançar um olhar próximo e específico para o tema em busca de compreender como a dinâmica carcerária afeta os moradores de Heliópolis e a sociedade como um todo. A pesquisa aprofunda-se nas questões dos encarcerados em prisões brasileiras, passando pelo contexto de violência e estigmas sociais a que são submetidos os indivíduos que sobrevivem ao sistema e conquistam a liberdade. Investiga também como o próprio sistema judiciário influencia no perfil da população carcerária ajudando a perpetuar a força do poder paralelo, experiência vivida cotidianamente pelos integrantes do grupo, já que residem em Heliópolis. Cárcere - Aprisionamento em Massa e Seus Desdobramentos foi contemplado pela 35ª edição da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.


DEBATES / RODAS DE CONVERSAS

Tema: Cárcere - Aprisionamento em Massa e seus Desdobramentos

Mediação: Maria Fernanda Vomero

5 a 26 de março. Sextas, às 19h

Inscrições grátis (Google Meet):

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSck5AamEEDfF-kH9FhgYUyTI57SD-QAW_CiZSMZZlINZgRMaA/viewform


5 de março. Sexta, às 19h

Ministrante: Juliana Borges

Juliana Borges é escritora e estuda Política Criminal. É consultora do Núcleo de Enfrentamento, monitoramento e memória de combate à violência da OAB-SP e conselheira da Iniciativa Negra por uma Nova Política Sobre Drogas, além de colunista da Revista Cláudia. Juliana é autora dos livros Encarceramento em Massa (Ed. Jandaíra) e Prisões: Espelhos de Nós (Ed. Todavia). 


12 de março. Sexta, às 19h

Ministrante: Salloma Salomão

Salloma Salomão é doutor em História pela PUC-SP (2005). Desde a juventude combina atividade artístico-criativa com práticas de pesquisa acadêmica e formas educativas de intervenção sócio-política antirracista. É também compositor, educador, ator e dramaturgo ‘autoformado e socialmente construído’.

 

19 de março. Sexta, às 19h

Ministrante: Roberto da Silva

Roberto da Silva é pedagogo (UFMT, 1993), mestre (USP, 1998) e doutor (USP 2001) em Educação e Livre Docente em Pedagogia Social (USP, 2009). É professor do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação, da Faculdade de Educação da USP, na qual orienta pesquisas de mestrado, doutorado e pós-doutorado nas áreas de políticas públicas e políticas sociais. De 1962 a 1975, viveu em abrigos do Estado de São Paulo e integrou a primeira geração de crianças órfãs e abandonadas entregue aos cuidados da Funabem/FEBEM.

 

26 de março. Sexta, às 19h

Ministrante: Preta Ferreira

Preta Ferreira é multiartista, abolicionista penal e ativista pelo direito à moradia no MSTC - Movimento Sem Teto do Centro. Formada em publicidade, consolidou sua carreira na produção cultural. Preta é também a autora e intérprete do single e do livro Minha Carne.

 


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