Inclusão Nas Empresas Gera Inovação E Lucro, Mas Precisa Ser Mais Efetiva
Dezembro conta com várias datas da ONU para reflexão sobre direitos humanos, e o CEO da Prime Talent, David Braga, reforça que faltam ações e protagonismo para promoção da diversidade
O mês de dezembro conta com várias datas instituídas pela Organização das Nações Unidas (ONU) que celebram os direitos humanos, a exemplo do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (03/12), o próprio Dia da Declaração Universal (10/12), do Deficiente Visual (13/12), entre outras. Elas têm se consolidado como importantes oportunidades para reforçar a luta pela igualdade e para reflexão sobre a questão da diversidade nos mais variados aspectos. Nas empresas, especialmente aquelas de maior porte, o assunto está sempre em pauta. No entanto, a realidade mostra que a inclusão, efetivamente e infelizmente, ainda é um pouco utópica, na avaliação do CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga, embora gere inovação e lucro.
Ele argumenta que, na prática, falta ir além de cumprir quotas para garantir a pluralidade no ambiente de trabalho, mas desenvolver ações para a evolução das carreiras, além de protagonismo individual. Somente assim, será possível se alcançar uma mudança estrutural. Ou seja, as empresas precisam oferecer as melhores condições de sucesso, desde o processo de recrutamento e seleção, passando pelo dia a dia da corporação, até a conquista de posições mais estratégicas e cargos de liderança. Por outro lado, é essencial que todos os profissionais envolvidos na diversidade busquem se diferenciar. “É fundamental aprimorar as soft skills (competências e habilidades) e o repertório técnico nas áreas em que atuam para que possam competir no mercado e assumir escopo e posições de maior complexidade”, afirma.
Vale ressaltar que a diversidade de pensamento é outro ponto de extrema importância, uma vez que, se as corporações não incluem, em seus times, pessoas com mentalidades, conhecimentos e experiências diferentes, que questionem o status quo, não haverá inovação. E aquelas companhias que nunca mudam, não se modernizam, estão fadadas ao fracasso. “Não tratar da pluralidade em todas as esferas é perder competitividade no mercado e atratividade para os talentos. Mais do que programas de diversidade que, em muitos casos, ficam só no conceito, a nova geração cobra por coerência, o que tem colocado muitas empresas e lideranças em xeque-mate”, completa Braga.
Ele cita, inclusive, pesquisa feita pela Prime Talent, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020. O resultado revela que, apesar de tamanha relevância em se promover a inclusão nas organizações, cerca de 82% das grandes empresas não têm head de Diversidade. Por um lado, as empresas precisam desenvolver áreas de recursos humanos que, de fato, orquestrem essa temática com maestria e integrem a diversidade à cultura da organização. Para isso, devem contar com um forte alinhamento de estratégias e ações, desde o Conselho de Administração e presidência, engajando diretores, gestores e demais colaboradores. Por outro, conforme David Braga, todo o ecossistema tem ser questionado e revisto, não apenas no ambiente corporativo, mas também dentro dos lares.
Sobre a Prime Talent
A Prime Talent é uma empresa de busca e seleção de executivos de média e alta gestão, que atua em todos os setores da economia na América Latina, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte. Seu CEO, David Braga, já avaliou, ao longo de sua carreira, mais de 10 mil executivos, selecionando para clientes Latam. Ele tem formação de Conselheiro de Administração pela Fundação Dom Cabral (FDC), possui certificação de Executive Coach pela International Association of Coaching e é practitioner em Micro Expressões e Programação Neurolinguística. Além disso, tem vivência internacional em Trinidad and Tobago, Londres, África e Estados Unidos. É também autor do livro “Contratado ou Demitido – só depende de você”.
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