Com Ou Sem Lava Jato, País Possui Mecanismos Próprios De Combate À Corrupção
Especialista em Processo Penal, Leonardo Pantaleão explica que leis brasileiras dão conta de punir crimes
A operação foi tema de uma importante votação no Supremo Tribunal Federal (STF) esta semana: por unanimidade os ministros da corte decidiram pela votação em plenário de todos os inquéritos e ações penais que estejam em trâmite no STF - antes esses processos eram analisados nas turmas do Supremo. Na ocasião, o ministro Luiz Fux declarou que todas as ações passarão pela responsabilidade do plenário do Supremo porque "o STF tem o dever de restaurar a imagem do país a um patamar de dignidade da cidadania, de ética e de moralidade".
Outro fato recente ligado à operação foi a proposta do procurador-geral da República, Augusto Aras, de criação de novas unidades de combate à corrupção no Ministério Público Federal (MPF) que, com o tempo, absorveriam o acervo da Lava Jato e fariam investigações contínuas. "Temos mecanismos jurídicos para combater a corrupção que, sem dúvida nenhuma, continuarão sendo exercidos para que os gestores se conscientizem cada vez mais que o dinheiro público é da sociedade, e não para obtenção de benefícios pessoais", conclui Leonardo Pantaleão.
PERFIL DA FONTE:
Leonardo Pantaleão é advogado, professor e escritor, com Mestrado em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), Doutorado na Universidad Del Museo Social Argentino, em Buenos Aires e Pós-graduado em Direito Penal Econômico Internacional pelo Instituto de Direito Penal Econômico e Europeu (IDPEE) da Universidade de Coimbra, em Portugal, professor da Universidade Paulista. Autor de obras jurídicas, palestrante com ênfase em Direito Penal e Direito Processual.
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