Carol Valença Fala Sobre Os Desafios Do Mercado Da Moda Sustentável
Modelo e influenciadora destaca assuntos como hierarquia na indústria da moda, popularização dos brechós e consumo consciente de peças de roupa
A modelo e influenciadora Carol Valença contou que tem grande preocupação na hora de adquirir as suas roupas, inclusive prestando atenção se as marcas são éticas e adotam práticas sustentáveis na produção das peças. Mas ela revela que, em relação aos trabalhos da área de moda, esse tipo de escolha não é tão simples.
“Sempre que vou consumir um produto, procuro levar essas coisas em consideração. Porém, em relação aos trabalhos, hoje me sustento financeiramente com eles e, às vezes, não tenho muito poder de escolha”, confessa.
“Acredito que exista uma hierarquia entre nós, modelos, assim como na maiorias das profissões, e hoje algumas que já possuem carreiras consolidadas, têm esse poder de recusar ou não”, continua a modelo.
Carol destaca que conhece o seu papel enquanto influenciadora na hora de consumir moda.
“Sempre busquei consumir e falar sobre aquilo que realmente gosto para ser verdadeira”, explica. “Preciso viver uma experiência com o produto e ter propriedade no assunto, para passar o melhor conteúdo para os meus seguidores”, fala.
A chamada moda sustentável vem sendo uma pauta constantemente abordada no universo fashion. A principal bandeira deste fenômeno é utilizar recursos que não sejam prejudiciais ao meio ambiente ou que pelo menos minimizem o impacto ambiental na hora de produzir cada peça.
Carol Valença defende essa tendência. “A moda despertou para a sustentabilidade principalmente nos últimos anos, e com a força da internet. Essa intenção de causar menos danos ao meio ambiente é de extrema importância”, afirma.
Apesar de se considerar consumista, ela explica que pratica ações benéficas ligadas à moda sustentável. Uma delas é o costume de comprar nos brechós de São Paulo, cidade onde vive atualmente.
“Sempre adorei ir em brechós, e agora, morando em São Paulo, tenho mais opções. Os brechós de luxo, aliás, estão cada vez mais fortes no mercado e trazendo possibilidades a quem não imaginava um dia poder consumir tais peças.”
Para o futuro da moda, ela entende ser fundamental que tanto a alta costura quanto as cadeias de fast fashion tenham mais consciência ambiental. E os consumidores finais também precisam fazer parte desta mudança: “O consumidor precisa, cada vez mais, pesquisar e entender sobre o produto e a marca que está comprando”, diz.
“O mercado da moda precisa evoluir de forma geral. Não só nessa questão da sustentabilidade, que também é necessária. Mas na valorização dos profissionais, na desconstrução dessa hierarquia que alguns setores possuem, para que todo mundo saia ganhando”, completa Carol.
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