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04 junho, 2020

Dismorfia Instagram Em Excesso Aumenta O Percentual Nesta Quarentena

Segundo o dr Alan Landecker,o distúrbio faz que os jovens busquem procedimentos estéticos,para aproximarem das fotos de selfies.

Imagem:Divulgação

A dimorfia do Instagram,é um distúrbio que a tempos estão fazendo muitos jovens a buscarem uma versão irreal da realidade.E muitos acreditam que estão adquirindo uma imagem perfeita.E isso não é verdade!

Para se ter uma versão parecida com as celebridades,o número de procuras por procedimentos estéticos,para ter um padrão perfeito,vem aumentando a cada dia.

Isso anda ocasionando um mal,e pode se agravar durante a pandemia do coronavírus,por ter grande procura pelos filtros dos aplicativos de app,como o Instagram e o Snapchat.

A insatisfação com o próprio corpo,faz a maioria recorrem,para mudar algo que incomoda, buscando "online",proporções simétricas e perfeitas,estabelecendo um padrão de beleza ilusório e inatingível.

E no artigo médico da Jama Facial Plastic Surgery ,cujo título é "Selfies - Living in the Era of Filtered Photographs",traduzindo " ("vivendo na era de fotografias com filtro"),já afirma que os aplicativos são os grandes causadores em busca de um padrão perfeito na sociedade atual,por permitirem alterações no próprio corpo.

E pela pesquisa feita pela  Academia Americana de Cirurgia Facial Plástica e Reconstrutiva,do ano 2019,aponta 55% dos médicos que tiveram um aumento de 13% de procura para fazerem modificações com a aparência,para se parecerem com as selfies.Enquanto no ano passado era 42% o percentual em relação a esse ano.

Entrevista com o dr Alan Landecker,médico cirurgião plástico:

1-Existe um padrão/perfil das pessoas que estão mais suscetíveis à dismorfia?

Resposta:Agora em relação ao padrão,é o seguinte a incidência de dismorfia corporal,na maioria dos trabalhos são de 6% a 15%,mas tem autores que sugerem até 53%,das pessoas que podem ter isso.Mas na verdade na população geral ,eu acho que seria por volta de 6 % até 10%,a gente até pode considerar 15%.Sendo de 6% até 15%.Mas quem procura cirurgia de nariz,esse índice é até muito mais alto,e até concordo com essa incidência de até 53%.O TDC pode acometer indivíduos em todas as idades.Agora ele é mais comum na infância e na adolescência e após a menopausa.Mas ele  é mais grave em jovens.E ele é mais prevalente nas mulheres.

2-Existem semelhanças entre a dismorfia Instagram e a dismorfia corporal?

Resposta:Em relação às semelhanças entre a dismorfia Instagram e a corporal,é o seguinte,eu acho que o dr Taki,poderia responder melhor isso,mas o que a gente percebe que o TDC corporal,é uma coisa que a pessoa já tem,quer dizer é um distúrbio psiquiátrico claro.
O que eu acho que essa dismorfia do Instagram,o paciente possa ser até suscetível,mas ele acaba sendo causado ou estimulado,quando o paciente se compara a uma foto,que foi  photoshopada ou maquiada,então o que acontece,o paciente está tendo esse problema através de um gatilho,por uma comparação a um padrão de estética imaginário e que não é real.
Essa questão do photoshop e da maquiagem,eles fazem com que a mulher na foto aparece absolutamente simétrica e absolutamente perfeita,e a paciente que tem  e possa ter uma tendência de dismorfia corporal,ela se compara a esse padrão e aí você tem o gatilho e a pessoa pode acabar desenvolvendo alguns dos sintomas,que eu falei anteriormente no TDC.O transtorno corporal,de uma pessoa que já tem essa doença instalada com todos esses sintomas,a dismorfia do Instagram,que pode ter até os mesmos sintomas,mas eu já acredito que é uma forma da pessoa ser suscetível,quer dizer na vida normal ela não tem o problema,mas acaba se manifestando devido a essa comparação com esses padrões de estéticas que são falsos e imaginários.

3-É possível falar em um período de desintoxicação de redes sociais,para que a pessoa não entre efetivamente no processo de dismorfia?

Resposta:Na verdade eu acho,que esse negócio de detox das redes sociais,é uma coisa que está acontecendo mas agora durante a pandemia,é porque as pessoas estão mais em casa e tem muita gente que está trabalhando menos e existe mais tempo livre,e as pessoas estão mais isoladas,então com certeza,isso aumentou a incidência desse problema.Eu não acho que seja apenas essa questão de detox das redes sociais.Esses padrões ilusórios ,eles aparecem muito das vezes na TV,na mídia impressa,e fora da rede social ,em sites de beleza,então não acho que seja somente nas redes sociais.O que eu acho que tem que acontecer e isso eu fiz uma postagem de simulação computadorizada,é que precisa haver uma educação firme das pessoas,sobre essa questão de que as pessoas que são mostradas como absolutamente perfeitas nessas fotos,na verdade elas possuem imperfeições absolutamente perceptíveis na vida normal,por exemplo,eu tenho várias atrizes e modelos que eu operei no consultório,e que elas têm muitas imperfeições,só que essas fotos de revistas e tal,elas aparecem totalmente simétricas e maravilhosas.Acho que precisa existir uma campanha de educação para mostrar para as pessoas que as modelos e as atrizes,elas têm imperfeições como todos nós e que essa comparação a um padrão que é imaginário e falso é o que está ocasionando o problema.Agora o detox da internet e do telefone seria bom pra todo mundo,e que estão mais viciadas hoje em dia. E existe  e tem até um estudo,e vocês podem procurar depois,que essa questão das redes sociais e da internet existe e vicia mesmo,porque elas liberam todas essas consultas para procurar mensagens.E ocasiona a liberação de mediadores cerebrais e um deles é a dopamina,que faz com que você fique viciado.E eu acho que o detox seria importante para vários aspectos da vida psicológica das pessoas,além dessa dismorfia corporal..


Dr. Alan Landecker, Cirurgião Plástico – Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da (Sociedade Internacional de Rinoplastia) com cerca de 20 anos de experiência. É formado em medicina e cirurgia geral pela Universidade de São Paulo (FMUSP) CRM-SP 87043 e em Cirurgia Plástica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Clínica Ivo Pitanguy. Especialista em rinoplastia estruturada primária e secundária (Rhinoplasty Fellow) pela University of Texas Southwestern em Dallas, Texas, EUA, sob o Dr. Jack P. Gunter. É precursor da Rinoplastia Piezoelétrica Balanceada (RPB) que tem por base utilizar a técnica inovadora de piezoelétrica (ultrassônica) aliada às técnicas cirúrgicas de rinoplastia estruturada e preservadora com o objetivo de realizar uma cirurgia capaz de oferecer o máximo de previsibilidade, com o menor trauma cirúrgico possível e minimizar as chances de complicações, além de facilitar eventuais reoperações. www.landecker.com.br 




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