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13 julho, 2020

Ministério Da Saúde Exclui Casos De Indígenas Que Vivem Na Cidade


Natália Moreno que é licenciada em cultura indígena afirma que o governo é responsável pela situação


(Natália Moreno)

Na terra indígena Tenonde Porã saltou casos com Covi-19 de 75 para 239 em um mês,que segundo dados do Ministério da Saúde foram confirmados apenas 163 casos,excluindo os indígenas que vivem na cidade,sendo que através da Comissão Pró-índio de São Paulo(CPI-SP),alertou que já se passaram de  300 casos na população nativa da região sudeste.
"A cultura indígena sempre foi esquecida porque nós sempre demos valor apenas para áquilo que conhecemos e isso se perpetua até hoje(...),Ainda temos um pensamento colonial em cima deles e é preciso desmistificar a ideia que índio é tudo igual",explica Natália Moreno,que é escritora e especialista em Cultura Indígena.Ela continua:"Eles são história.São pessoas como nós,que estão sempre se adaptando à realidade.É preciso ouvi-los porque até agora só fomos apresentados à versão do colonizador,é preciso respeitar a diversidade cultural e linguística deles".
Pela avaliação do Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena,a Sesai atua com um grande racismo institucional por desconsiderar indígenas em contexto urbano e,por isso ocorre a subnotificação."O preconceito contra os índios existe porque ninguém nos ensinou a pensar diferente,e falta essa reflexão",comenta Natália Moreno,ela afirma que o racismo começa quando a cultura indígena não é devidamente ensina para as crianças a escola.
E pelo Boletim Epidemiológico da Sesai do Ministério da Saúde não categoriza os dados por povo indígena ou por Unidade de Federação.Somente na capital,de acordo com a CPI-SP,seriam 316 casos confirmados.A Comissão recebeu relatos da existência de 63 casos na aldeia de Pyau,na terra indígena Jaraguá,localizada na região metropolitana de São Paulo,onde há seis aldeias Guarani.
Em seu livro "Destino Traçado"relata a ficção envolvendo a Cultura Indígena,onde indica que o Governo deveria dar mais atenção aos índios."As comunidades indígenas têm pouco acesso à saúde e é difícil ir até um centro urbano".As prevenções sanitárias,mesmo antes da pandemia já era miserável e o Governo Federal nega essas políticas preventivas e determina que o povo deve fazer sacrifícios.A especialista ainda afirma que o Estado é responsável pelas mortes indígenas porque o povo é visto com "pouca importância"perto da população urbana.
"Não ressaltamos que todos devem sobreviver,apenas a parcela com um poder aquisitivo maior é o povo que vai enfrentar o vírus.Os indígenas pretos,pobres e idosos fazem parte do povo que o Estado deixa morrer"
Diante dos problemas de contabilização do avanço da Covid-19,que tem se dados de forma expressiva entre os povos indígenas,a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil(APIB) realiza um monitoramento paralelo ao do governo.Por meio da plataforma,Quarentena Indígena,os dados atualizados semanalmente em um esforço conjunto de várias organizações indígenas.
Em seu romance "Destino Traçado"publicado pelo Grupo Editorial Coerência,traz a cultura indígena nas páginas.A personagem principal,Valentina,é neta de indígenas e foi criada na cidade,ela teve seu destino traçado em um ritual quando nasceu e ,por isso,acredita que tudo de errado que acontece com ela é culpa do ritual.Ela percebe que tem livre-arbítrio quando se envolve com James,mas começa a entender que consequências são esperadas.


Sinopse:

Valentina seguia sua vida na loja de pipas e pedras preciosas sem muitas
novidades até o dia em que um sonho se mistura com a realidade e ela se vê ligada a
um homem e a uma criança. Os olhares do pai e do filho que entram em sua loja
revelavam que eles desejavam um grande amor tanto quanto ela, mas Valentina não
quer aceitar e o destino terá um trabalho árduo pela frente para convencê-la de que
ele foi traçado há muitos anos em uma tribo indígena. Será que é possível enganar o
destino traçado?


Sobre a autora: 

Natalia Moreno nasceu em Porto Feliz em 1986. Formada em Letras e
pós-graduada em Literatura, é professora de Língua Portuguesa e Literatura e
palestrante sobre a importância da leitura na formação profissional e individual.
Apaixonada por literatura, animais, música e natureza, encontrou na escrita uma
maneira de extravasar seus sentimentos escondidos pelo seu jeito capricorniano de
ser. Já conta com alguns feitos em sua carreira literária: ganhou um concurso de
crônica em sua cidade natal e publicou alguns títulos, entre eles Destino Traçado.
Adora fazer listas e tem a mania de querer colocar tudo em ordem, desde um quadro
torto até o mundo, desesperando-se por este estar fora do seu alcance.

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