Queda de cabelo é uma das sequelas da Covid-19
De acordo com dermatologista, as queixas de pacientes que viram os cabelos ralearem de repente aumentaram durante a pandemia
(Divulgação)
Muitas pessoas que foram acometidas da Covid-19 e se recuperaram, descrevem uma série de sintomas que perduram como a queda de cabelo, por exemplo. Segundo a tricologista e dermatologista Thalita Carlesso, a queda de cabelos por conta da Covid é uma reação da doença que geralmente acontece de 1 a 3 meses após a infeção e pode durar até 3 meses. “Esse episódio chamamos de “Eflúvio Telógeno Pós-Covid” - que pode acontecer também após outras infecções, como a Dengue, e outras diversas causas também”, afirma Thalita.
A queda de cabelo vem atribuída a diversos fatores, mas, segundo a médica, as pessoas que são acometidas com à Covid ficam com organismo fragilizado. “A própria pandemia já causa problemas como a falta da vitamina D no organismo. Só os baixos níveis dessa substância podem provocar o surgimento de doenças e enfraquecer o sistema imunológico da própria pessoa que acomete e destrói os tecidos saudáveis do corpo. Isso só falando sobre a deficiência da vitamina D. Quando a pessoa tem Covid, ela perde peso, e isso, por si só já complica o estado de saúde do paciente. Além disso, à Covid provoca uma instabilidade hormonal, ocasionado pelo estresse agudo e crônico.
Em relação a queda de cabelo, a médica ainda explicou os homens ficam mais calvos do que as mulheres.
“Aproximadamente 50% dos homens tem Alopécia Androgênica porque a testosterona quando transformado em DHT age no bulbo e promove afinamento nos fios - isso é determinado geneticamente. As mulheres também podem ter a calvície genética, mas em uma proporção menor e com um padrão diferente - afinamento dos fios. Alguns homens já começam a sentir a perda com 30, 40 anos ou na adolescência”, comenta.
Queda de cabelo nas mulheres
As mulheres são mais propensas a terem queda de cabelo aguda, que pode acontecer por diversos fatores hormonais, pós parto, anticoncepcionais, menopausa, carências nutricionais, etc, porém a queda é mais pontual. “Podem cair na adolescência em virtude de problemas hormonais, como Síndrome do ovário policístico, devido ao descompasso do hormônio masculino no organismo. Na menopausa também há esse problema de queda de cabelo porque a produção de hormônios femininos cai e a testosterona se sobressai. Neste caso, as mulheres geneticamente predispostas sofrem com a queda de cabelo. Nas mulheres o cabelo cai e ela vai sentindo o cabelo ralo. Já nos homens é percebido nas entradas frontais e na parte alta da cabeça”.
Para saber por que o cabelo está caindo, Thalita orienta a procura de um médico especialista. “Cada caso é individual e o tratamento é específico. Só o médico para examinar, fazer o diagnóstico e direcionar o tratamento. Alguns casos serão ministrados com shampoos específicos, em outros a pessoa precisará se alimentar melhor, evitar estresse, se hidratar mais, fazer suplementação se necessário”.
Em outras situações Thalita esclarece que é preciso até fazer o uso de antibióticos. “Como no caso da Foliculite. Já na Pitiriase, é necessário o uso de dermocosméticos antifúngicos. Para quem tem Alopécia o uso de medicamentos e injetáveis, como corticoides, tratamentos mais intensivos, terapia capilar e até cirurgia de transplante capilar”, conclui a médica.
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